quarta-feira, abril 11, 2007

As directas do CDS

Já li os manifestos dos dois candidatos. Dizem muito sobre cada um deles. Mas nada de novo.

José Ribeiro e Castro tem um longo programa, difícil de ler, com excessiva preocupação em ser exaustivo e em encontrar chavões. Não entusiasma. Como aliás não entusiasmou a sua liderança.

Paulo Portas tem um programa curto, fácil de ler, mas demasiado vago para esclarecer seja o que for. Confirma que sabe escolher palcos, públicos e mensagens. Mas não mostra convicção em nada a não ser em si próprio, ou melhor, num desígnio superior que o teria predestinado para líder da direita. Não me entusiama. Parece mais do mesmo. Pode ser que a oportunidade seja melhor...

O que eu não consegui ler em nenhum dos dois foram propostas de políticas.

Creio errado falar sistematicamente de valores e de princípios. Esses, pelo menos os essenciais, qualquer militante de base os conhece, por muito intuitivamente que seja. Agora políticas concretas para propor ao País, isso não é assim tão fácil de conhecer. Sobretudo quando os candidatos a líder não as apresentam.

Ah, estão a prepará-las para 2009. Peço desculpa.

Mas então, talvez pudessem propor os obectivos políticos que querem prosseguir com essas políticas quando as vierem a propor - para além de "preparar o partido para as eleições (de 2009)" ou de "fazer melhor oposição"...

PS- A defesa da proporcionalidade no sistema eleitoral português, de que fala Paulo Portas, pode ser que seja boa para o CDS de Paulo Portas, mas tenho muitas dúvidas de que seja boa para o Portugal do CDS.

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