sexta-feira, abril 27, 2007

Ainda os discursos do 25 de Abril

Foi uma pedrada no charco. O discurso de Paulo Rangel, em dez minutos, fez mais opela Oposição, que o P.S.D. em dois anos. Foi um acto corajoso, que rasgou as vestes do politicamente correcto. Habituamo-nos as sessões comemorativas sensaboronas, insípidas e laudatórias dos militares de Abril. Palavras que não ousam cortar o cravo, que parecem ter vergonha de uma lapela austera. Desta vez não.
Mas houve mais.
Desta vez tivemos um discurso aberto, arrojado e em total sintonia com a data, ou seja, LIVRE!!! Ele há dias oportunos...!!!! Arremetendo contra o Abril, privilégio de Esquerda e denunciando os pecados da nova cosmética da Esquerda Light, agora no Governo. Apontando o mal estar, diáfano, que se sente nas instituições, no próprio regime. Lendo os sinais, decifrando os factos, mostrando "nebulosas" e "claustrofobias". Não calando, enjeitando conivências espúrias. Foi um verdadeiro arrojo de Liberdade.

9 comentários:

  1. Caro Daniel,
    Tens toda a razão. Digo-o sem exagero, dos melhores discursos dos últimos anos no Parlamento. E sem a má criação e agressividade do nosso primeiro.
    Abraços.

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  2. Foi um discurso excepcional, daqueles de quem teve o privilégio de ser aluna do Paulo Rangel, regista com orgulho de ter tido sido sua pupila.
    O futuro da política portuguesa tem de, a bem da nação, passar por pessoas como o Paulo Rangel!!!

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  3. Caissimo Drº(se não fez na Independente) Daniel:

    Pessoalmente ainda não vi sinais de "claustrofobia democrática". Repare o Governo PSD/CDS também enxotou e repeliu o honrado professor Marcelo Rebelo Sousa da TVI. E agora só porque estão na oposição perfilham de uma posição adversa. Falta de ética política, eu que até admiro o Drº Paulo Rangel na RTP.

    Incompreensível e demagógico.

    Um abraço.

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  4. A mim parece-me restritivo ver no discurso de Paulo Rangel uma crítica à escolha de Pina Moura para o CA da Media Capital.

    Para além das questões da justiça e segurança interna, que tem sido menos lembrada nos comentários ao discurso, leio nas palavras de Paulo Rangel uma denúncia de um ideário que - intencionalmente ou não - se espelha num sem número de medidas que têm vindo a ser tomadas pelo governo.

    Isso é que é inovador.

    Porque não foi a crítica a Sócrates por só ter um bacharel ou ter feito o exame de inglês técnico por correspondência, com tudo o que até pode ter de importante fazer essa investigação.

    Não foi a crítica pela OTA.

    Não, não foi isso.

    Foi uma crítica que feriu aquilo que é mais querido à esquerda - as liberades e as suas restrições pelo Estado.

    Quem é democrata, como eu sou, não pode deixar de ver na intervenção de Paulo Rangel - como refere o autor deste post - um grito libertador.

    Mais a mais, no tempo e no modo em que foi feito.

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  5. Caro sr. Relâmpago:

    Não compreendo a sua argumentação. Então acha que tem havidio cencura na blogosfera. Eu coostumo "passear" pelos blogs e nos mais mediáticos têm-se falado de tudo, particularmente no que concerne à licenciatura de José Sócrates.

    Cumprimentos

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  6. Na blogosfera - de facto - não há censura, mas a blogosfera é a blogosfera e não a Assembleia da República, no dia 25 de Abril.

    Daí que tenha 1/2 imprensa, 1/3 dos políticos e todos os comentadores de política a dissertar sobre o discurso de Paulo Rangel.


    Percebe agora qual é a diferença?

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  7. Sim, mas repare porque tanta polémica em torno de questões de lanacaprina. Explique porque? É pura demagogia de um PSD aflito.

    Nisso tem de concordar comigo.

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  8. Para mim, o discurso não tratou nem de questões de lana caprina, nem correspondeu a um mero exercício de oposição do PSD oficial.

    Por um lado, porque abordou a liberdade, que não é matéria de somenos, depois porque foi muito mais um grito de cidania do que mais um remoque partidário da oposição.

    Podendo, não deixe de ver o último programa do 'eixo do mal', onde se fizeram comentários muito interessantes acerca deste discurso e onde alguns dos participantes (estando politicamente muito afastados da área em que me incluo) retiram conclusões semelhantes.

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  9. Obrigado pela sugestão.

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