Como tem sido referido, a marcação da agenda por parte deste governo, tem contribuído de forma muito intensa, para que os verdadeiros problemas sejam esquecidos, dados como resolvidos, não existam e colocar outros bem mais interessantes (para o governo) para discussão.
Não devemos embarcar nesta táctica, correndo atrás do prejuízo, jogando no campo do adversário e com as regras impostas por ele.
Á que contribuir para a agenda política, corajosamente, levantando questões que há primeira vista possam ser pouco simpáticas mas que são essenciais para o País!
Atrevo-me a propor:
- Reforma do Estado nas suas funções, dimensão e objectivos
-Investimentos em mega projectos como o novo aeroporto e TGV
-Regionalização e Descentralização administrativa do Estado
-Aplicação dos novos Fundos Europeus
Porque, como parece ser claro, mais uma vez, vamos passar ao largo do que é fundamental. Na reforma do Estado, o PS "vai fazer o que for necessário" para salvar o essencial do Estado. Por cada fusão de serviços que faz, aparecem umas quantas empresas públicas gigantescas, como a Central de Compras, a Gestão do Património e a Gestão da frota automóvel! Qualquer destas empresas podia e devia ser entregue á iniciativa privada!
O PS está, pois, não a retirar poder e dimensão ao Estado, mas a salvá-lo no essencial!
No que diz respeito aos megas projectos, não se percebe a teimosia. São necessários para acomodar os interesses da banca e das grandes empresas de construção civil? Têm um efeito de arrastamento de muitas actividades económicas e com influência decisiva no emprego? Pois, então, construam o aeroporto num local com condições favoráveis e desviem o restante investimento para uma política de energia que tenha em conta os desperdícios das actuais estruturas, fontes de energias ecológicas e aproveitamento e tratamento da água.
Quanto á Regionalização/Descentralização desde que não seja "um cavalo de Tróia" que sirva para "engordar" a classe política e/ou a Administração pública, devemos coloca-la nas prioridades imediatas! Não só pelas razões sobejamente conhecidas, mas também porque, como já é claro, o PS no governo começa a dar sinais de "prepotência centralizadora" inquietantes.
Não nos devemos admirar por o PS ser um governo centralizador! É a sua essência! Temos que lutar contra!
Na aplicação dos Fundos Comunitários, trata-se da última oportunidade!
Temos experiência. Sabemos como no segredo dos gabinetes se "parte e reparte e se fica com a melhor parte".Atrevo-me a dizer que nenhum de nós se aproxima sequer, das profundas injustiças que foram praticadas na distribuição dos Fundos!
Lembram-se que há bem pouco tempo o Ministro da Agricultura, só porque mudou os critérios de distribuição, fez levantar um coro de protestos a favor e contra que, aqui e ali, levantou um bocadinho o véu do "fartar vilanagem " que campeou, impunemente, pelo País?
Lutar! Escrever! Trocar ideias! Eis o nosso dever para com este povo a que pertencemos e cujas ambições a uma vida melhor não podemos defraudar!
LUIS MOREIRA
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