segunda-feira, março 19, 2007

Pontos de ordem à mesa

O Conselho Nacional de ontem do CDS foi um exemplo do que não deve acontecer. Espero que tenha servido de lição a todos, pois é com os erros que vamos aprendendo.

Mas vou tentar esclarecer alguns pontos que me parecem estar a ser alvo de ruído.

1) existia um requerimento assinado por mais de mil militantes a convocar um congresso. os estatutos do partido preveêm ser essa uma das condições extraordinárias para a convocação do congresso.

2) no entanto esse requerimentos possuía um "se". Os "ses" nesta vida só fazem confusão e foi o que aconteceu. Este "se" dizia que este requerimento deixava de funcionar se o conselho nacional aprovasse a convocatória de um congresso. Com este "se" teria que decorrer o conselho nacional. se o "se" não existisse o conselho nacional nem se realizaria.

3) no conselho nacional existiram duas votações. A primeira colocada pela presidente da mesa que colocou na mão dos delegados o discutir-se ou não no conselho nacional da validade do "se". Ganhou o não. O conselho nacional não se quis pronunciar sobre isso e seguiu-se em frente. Ou aos ssss.

4) no final da noite a segunda votação, bizarra diga-se. O resultado final deu como vencedora a moção que pedia directas já e posteriomente um congresso estatutário e de eleições de órgãos.

5) perante este resultado, e visto que o conselho nacional não convocou nenhum congresso como estava no "se", a presidente da mesa do conselho nacional entendeu que passava a vigorar o requerimento dos 1000 militantes e deu por concluído o conselho nacional.


Isto foi resumidamente o que se passou dentro do conselho nacional. O resto é muito folclore, muita tática e pouco sumo.

Mas algumas notas mais:
1) O sentimento geral é de directas (o meu não e aqui fica uma vez mais dito para que não restem dúvidas).
2) Um erro não é legitimado por anteriormente já se ter errado. Se existiram directas que não estavam consagradas nos estatutos, tal facto não passou a ser lei. Se a vontade do partido vier a ser as directas, que essas sejam consagradas devidamente. Para que no futuro ninguém se queixe de irregularidades.
3) É feio o sentimento do "isto é meu e ponto final". Existem regras e estatutos que são para cumprir. Mas com tantos juristas é normal que ninguém se entenda.
4) Foi-me ensinado e procuro transmitir o mesmo aos meus filhos, que a educação se vê à mesa de jogo e na mesa das refeições. Bem sei que um conselho nacional não é nenhuma destas situações, mas é triste ver pessoas que deveriam ter alguma postura perderem-na por completo quando não se lhes faz a vontade. Isso sim são amuos.


Espero que o bom senso volte rapidamente. Uma boa noite de sono e um banho frio sempre fizeram bem. A bem do CDS.

Sem comentários:

Enviar um comentário