Do que pouco que tinha lido sobre a questão do encerramento das urgências, tinha ficado com a impressão que mais uma vez lá íamos todos pagar o preço do excesso de centralismo dos nossos Governantes, que alegremente vão tomando decisões sobre os mais longíncuos recantos do País, bem sentados nos seus Gabinetes com vista para o Tejo e acompanhados por uns quantos iluminados senhores que os assessoram a preços de elite.
Pois bem, tenho de confessar que o pouco a que pude assistir do programa que dá nome a este post, na passada 2ª feira, me elucidou sobre o erro em que estava a laborar. Efectivamente, pese embora a minha preferência por sistemas decisórios descentralizados, tenho de reconhecer que o Sr. Ministro da Saúde me surpreendeu, muito positivamente, e deu um banho inacreditável aos representantes autárquicos que, pela amostra a que assisti, ali estavam a defender a capelinha sem sequer cuidar de se terem informado sobre o que estava em causa.
O Sr. Ministro surpreendeu-me, independentemente de concordar com as suas decisões (sobre as quais, sinceramente, não tenho opinião), surpreendeu-me porque mostrou ter feito o trabalho de casa, com uma profundidade inabitual na grande maioria dos nossos governantes das últimas décadas. Estava preparado, sabia do que estava a falar, e tinha tomado as decisões que sentiam serem as melhores em face dos valores que considerava estarem em causa. Fiquei com a nítida sensação que a sua grande falha teria sido a de não ter sabido escolher uma estratégia de comunicação que tivesse permitido esvaziar o balão de contestação a que foi submetido.
Tenho que aplaudir esta forma de trabalhar, ainda que isso me possa valer algumas critícas dos meus colegas de blog. Tenho, igualmente, de criticar a ausência total de comentários, críticas construtivas ou negativas, sugestões ou outras alternativas, da parte da oposição, quer de esquerda quer de direita.
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