Como era de esperar a discussão em torno da redução dos Deputados da Assembleia da República, não está a ter grande repercussão na blogosfera. Como sempre anda tudo entretido em questões prementes e importantíssimas sobre quem é mais liberal, quem percebe mais de música, ou simplesmente quem é o Maior.
E este é um tema que merece ser discutido, porque é cheio de “verdades inquestionáveis” que mais não são que meras defesas conservadoras dos pequenos grupos parlamentares.
Creio que é possível encontrar soluções modernas que prestigiem o Parlamento e não retirem representatividade aos pequenos partidos. Tudo parte de se discutir com a cabeça livre de preconceitos dos anos setenta. O nosso Parlamento “nasceu” num Portugal completamente diferente, provinciano e rural, não é preciso muitas explicações para todos entenderem que o País mudou. Como tal, há que reformular o tipo de eleição dos nossos representantes políticos, como por exemplo um círculo nacional que rectifique algumas perdas distritais.
O que proponho é:
Redução de 30 Deputados.
150 eleitos pelo método actual.
50 eleitos por um circulo nacional.
Claro que haverá “perdas” substanciais tanto dos partidos, como de certos distritos, mas tudo depende de termos capacidade de nos adequarmos aos novos tempos.
Reduzir os Deputados para quê?
Porque apesar de termos muitos bons parlamentares, gente que acredita no que faz, temos uma boa parte de inúteis que não são precisos para nada, que nem sequer têm lugar nas comissões. E não me venham dizer que isto é um discurso populista e demagógico, porque só quem estiver completamente alheado da realidade pode dizer que todos os 230 Deputados da Nação são essenciais à nossa democracia.
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