Celebra-se hoje, 9 de Maio, o Dia da Europa, por ter sido proferida neste dia a Declaração Schuman (que foi preparada por Jean Monet).
A Europa nasceu a partir de duas comunidades (a CECA e a EURATOM) que visaram colocar as ferramentas da guerra (o carvão, o aço e a energia atómica) ao serviço da Paz. A Paz foi de facto a ideia mobilizadora da agregação de vencedores e derrotados da 2ª Guerra. A minha geração será uma das primeiras gerações em muitas décadas (e até séculos) a não conhecer ao longo da sua vida uma grande guerra na Europa.
A Europa tem sido também um factor de desenvolvimento económico. 20 anos após a adesão à CEE, Portugal está melhor e mais desenvolvido.
Contudo, o desenvolvimento e o progresso não são uma consequência necessária da nossa integração. Há e haverá sempre dentro da Europa as chamadas “regiões deprimidas” (como o Sul de Itália). Portugal, e especialmente o Norte de Portugal, pode vir a ser uma dessas regiões. À geração a que pertenço poderá acontecer o que não acontecia há décadas ou até há séculos: vir a viver pior que a geração precedente.
Enquanto a Espanha se prepara para em 2008 passar a ter o nível de vida da Alemanha, Portugal corre o risco de ser ultrapassado pelos países do alargamento.
Os novos desafios são claros:
- a reforma do Estado como meio de redução da despesa pública, do défice, e da carga fiscal;
- a redefinição da política energética,
- novas políticas de Família como forma de tentativa de alteração da estrutura demográfica,
- a aposta no Conhecimento, no Mar, no Ambiente e no Turismo,
Espera-nos principalmente muito trabalho. Isto se queremos deixar aos nossos filhos alguma coisa.
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