Aquela tanga obscena que é o segredo de justiça foi aparentemente e mais uma vez alvo de quebra, desta vez para desmascarar as pornografias de Valentim Loureiro e da corja futeboleira que o acompanha para todo o lado, como um séquito de bandalheiros engravatados. O problema é que, como se sabe, a quebra do segredo de justiça costuma suceder para desviar as atenções do fundamental para o meramente acessório e, em efeito de cascata, para salvaguardar arguidos de se sentarem no banco dos réus. Por uma razão óbvia, a quebra do segredo de justiça não se dá normalmente ao nível dos juizes, mas ao nível dos advogados de defesa. O mecanismo já está em marcha: lá vêm os apelos ao mais alto magistrado da Nação, a auto-defesa lacrimejante face à propagandeada selvajaria dos jornais e a delapidação pública dos juizes. É sempre a mesma coisa. Só é pena que, aparentemente, ninguém aprenda nada com isto.
Sem comentários:
Enviar um comentário