terça-feira, agosto 23, 2005

Da TVE ao Presidente da República

A TVE no seu noticiário deu um destaque especial aos fogos em Portugal. Foi feito um directo de Coimbra, mais propriamente de Santa Clara, o que fez relembrar a situação – que penso inédita – de fogos muito próximo, ou até bem dentro de grandes centros urbanos. Também se sublinhava que a situação é muito grave em nove Distritos o que fez com que se tivesse partido para pedidos de apoio a vários Estados. No fim o apresentador em estúdio comentava a dificuldade em compreender que estes pedidos de apoio tenham sido feitos tão tarde. Não vou voltar a repetir as críticas às férias de um Primeiro Ministro - que parece estar cansado deste país -, nem falar de uma comunicação social que noutros tempos – e não tenho especial apreço pelo discurso do coitadinho – perante estes acontecimentos teria feito uma campanha de desgaste feroz do Governo, mas já começa a parecer estranho o silêncio presidencial. È certo que o Presidente da República tem, neste momento, poderes mais reduzidos, e que já foi ao terreno informar-se da situação, mas uma palavra mais firme em relação à bagunça governativa – apesar da competência e bom senso que reconheço ao Secretário de Estado da Administração Interna - quanto a esta matéria era de esperar. Referir que há alturas em que é necessário uma eficiência e um sentido de Estado muito apurados, corresponderia a uma mensagem simples que o Presidente poderia dar ao país. Infelizmente assim não o entendeu Jorge Sampaio. Espero, apesar de não acreditar que se esteja perante um sinal dos tempos, que um próximo Presidente da República não deixe passar situações como esta em claro.

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