Tenho feito um grande esforço para não escrever no Nortadas textos relativos à vida política partidária, e muito em especial em relação ao CDS. Mas há limites. O Jornal de Notícias de Domingo apresenta um texto crítico em relação a Ribeiro e Castro. A causa é simples: considera o jornalista como politiquice uma declaração do Presidente do CDS em que este relembrava ao Eng. Sócrates que a maior eficiência na cobrança de impostos corresponde a uma herança dos Governo anteriores. Esta afirmação surgiu após uma vista do regressado Primeiro Ministro a uma repartição de finanças em Cascais em que se publicitou a melhoria na cobrança dos imposto. Convém sobre esta matéria que se assumam alguns factos. Em primeiro lugar, o combate à fraude e evasão fiscal é uma tarefa de médio e longo prazo, e assim tal como não se consegue resolver o problema dos fogos em quatro meses, o mesmo se passa em relação à eficiência na cobrança fiscal. Em segundo lugar, um passo corajoso foi tomado pelos anteriores Governos. Contratar com um bom salário um Director Geral exterior à maquina e que apostou em alterar alguns erros passados. Felizmente foi mantido no seu lugar. Em terceiro lugar, algumas medidas essenciais no plano legislativo, como as relativas ao cruzamento de dados, e sobretudo no plano administrativo foram tomadas nos três anos anteriores. Eu bem sei como é melindroso aquele tempo de transição de poder em que cada um tenta puxar para o seu quadrante político o que de bom se vai passando (e o Governo, por motivos óbvios tem mesmo urgência nessa tarefa), mas é natural que o Presidente do CDS, neste campo, se orgulhe da “herança” que defende e o relembre. Já não é normal que um jornal como o JN tenha um qualquer jornalista a escrever de forma leviana, bem demonstrativa de uma enorme ignorância.
PS – Tudo isto não deve fazer esquecer que a verdadeira urgência nas nossas finanças públicas está na actuação – no outro lado – nas despesas
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