O horror existe.
Periodicamente somos sacudidos por noticias como esta.
Periodicamente somos alertados para a necessidade de proteger as crianças. As nossas e as dos outros. É certo que todos os dias somos confrontados com os horrores que se passam no Iraque, no Sudão e em muitos outros paises onde a guerra faz parte da vida de milhares de crianças.
Mas a proximidade dos acontecimentos torna tudo mais brutal.
Não sei o que pode passar na cabeça de um pai para espancar uma criança de 5 anos. Não sei o que pode passar na cabeça de uma avó para não levar uma criança ao hospital e acabar por atirá-la ao rio.
Não sei o que pode passar na cabeça de um ser humano para querer mal a uma criança.
Ouvi hoje várias declarações de responsáveis da "Comissão de Nacional de Menores e Crianças em Risco" e todas elas apontavam um problema: o não devido acompanhamento destas situações de risco.
Mãe e Pai toxicodependentes. Em estado de pobreza e dependência financeira. A viverem num bairro de grandes problemas sociais, o Aleixo, bairro que conheço bem e onde até existe alguma preocupação de acompanhamento das crianças, feita por pessoas do bairro que reconhecem os perigos com que elas vivem.
Casos como este devem servir de alerta para todos. Os sinais que muitas das vezes notamos mas fingimos não ver para não nos maçarmos, têm que ser imediatamente denunciados. Quantas e quantas vezes presenciamos crianças a levarem verdadeiras sovas em praça pública, imagine-se então o que não será no interior de 4 paredes.
Não tenho a solução para estes casos. Quem me dera. Apenas posso contribuir para dar voz a estes alertas e também eu estar alerta. Alerta e disponível. Pelo bem das nossas crianças.
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