É sempre com tristeza e alguma vergonha que assisto às evoluções da tribo do futebol, uma área onde impera a marginalidade de fato e gravata e o estribilho medonho de faca na liga. A tristeza e a vergonha não são resultado das babuzeiras irregulares proferidas por quem tem a ver com aquilo, mas antes porque aquilo que diz quem tem a ver com aquilo torna-se numa certeza social, como se se tratasse de uma manual de verdades para ser usado todos os dias. Serve isto para comentar mais um manancial de atoardas proferidas por Nuno Pinto da Costa por ocasião de uma homenagem qualquer de que foi alvo algures na Galiza - em frente a uns cartazes de uma coisa qualquer chamda Casino La Toja ou coisa que o valha - em que o senhor declara novamente aberta a guerrilha com a Câmara do Porto, ou mais propriamente com Rui Rio. Já não importa esgrimir sobre quem tem razão nesta questiúncula marginal: é claro e clarividente que a Câmara tem toda a razão, por muito que Pinto da Costa e a sua claque dos dragões - uns rapazes mal apessoados que se divertem a gritar impropérios nos intervalos do negócio de venda de haxixe - vocifere e esbraceje. Mas, desta vez, a coisa é ainda mais ridícula que o costume: Pinto da Costa afirmou que Rio pode esperar pela sua oposição declarada quando chegar a altura das eleições. Desta vez, para além das pedras que o FC Porto se prepara para atirar - como na intifada da Palestina - a coisa está ainda mais parecida com o Médio Oriente: tal como lá, pode ser que a próxima guerrilha do FC Porto seja liderada por um lider que esteja por detrás das grades.
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