quarta-feira, julho 28, 2004

Eleições antecipadas no Porto

O Diogo Feio é neste mmomento secretário de Estado. Era deputado eleito pelo círculo do Porto, pelo que o candidato que se lhe segue na lista fica com direito a, querendo, ocupar o lugar. Quem se segue é José Marcelo Mendes Pinto, actualmente vereador na Câmara Municipal do Porto, com o Pelouro da Cultura. Parece que JM Mendes Pinto já manifestou a intenção de abandonar a Câmara do Porto, e ocupar o lugar de deputado. Eu percebo-o, e faria o mesmo.

Li hoje em vários jornais (nomeadamente n'O Comércio do Porto) que o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto está disposto a abandonar o cargo. Eu compreendo-o e faria o mesmo.

A lista de Rui Rio para a Câmara Municipal não foi feita para ganhar. Foi feita para perder por poucos.

A concelhia e a distrital do CDS  estavam mesmo interessadas na derrota de Rui Rio, tendo ostensivamente adoptado uma atitude passiva na campanha eleitoral. Isto porque, em Lisboa, o CDS (Paulo Portas) e o PSD (Santana Lopes) iam em listas separadas, e houve na altura uma grande pressão para uma candidatura em conjunto. Como Portas recusou, era importante que o resultado em Lisboa (listas separadas) fosse melhor que no Porto (listas conjuntas).

O PSD nunca acreditou na vitória e, por exemplo, a inclusão do Arqto Ricardo Figueiredo só pode ter essa leitura.

No final tudo correu bem porque Santana Lopes ganhou, e Rio também.

Mas como a lista de Rio não foi pensada e preparada para a governação da cidade, o executivo camarário sempre deixou a desejar (escapam a esta observação Fernando Albuquerque e Paulo Cutileiro).

Está pois chegada a hora de tomar a grande decisão. Com a saída de 2 vereadores, há um excelente motivo para convocar eleições autárquicas. Com isso, o PS seria apanhado de surpresa, sem um candidato escolhido, e Rui Rio poderia formar a sua equipe com critério.

O Porto não tem tempo a perder, e este é o momento para apostar a sério numa Câmara forte. Era o que eu faria.

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