sexta-feira, setembro 26, 2003

A mulher de César

São várias as profissões onde o ditado "A mulher de César não basta ser séria, tem de parecê-lo" se aplica com enorme propriedade. Jornalistas, políticos, juízes e mais alguns que têm, por obrigação própria da profissão que escolheram ou por opção de estilo de vida, a opinião pública de olhares atentos e críticos. Vem isto a propósito do triste folhetim da ida e não ida mas afinal vai para outro lado da jornalista/deputada Maria Elisa. Estou certo que Londres é um destino que deixaria muita gente com vontade ir. Eu teria, até porque o que é falado em termos de remuneração aguça o apetite. Agora o que não pode ser aceite é a postura quer de Maria Elisa, quer o comportamento corporativo que os deputados tomaram. Não fica bem, como não fica bem a manutenção de certos deputados que se refugiam na imunidade parlamentar para não responder em processos judiciais que nada têm a ver com a actividade política. Nesse aspecto Paulo Pedroso foi uma pedrada no charco. Como podem as elites, ou seja aqueles que por príncipio são exemplos de postura e qualidades, vir pedir correcto comportamento aos cidadãos? Eu atravesso sempre em passadeiras quando vou com os meus filhos. Se não o fizesse como os obrigaria a fazer? Simples não é?

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