sexta-feira, setembro 26, 2003

Porto te amo

Para quem ainda pensava que a gestão socialista na cidade do Porto tinha sido um bom exemplo, aqui fica a demonstração cabal da irresponsabilidade para mais não dizer. A Casa da Música gerou polémica mas a história que o Público nos traz hoje vai para além de todas as polémicas possíveis. Nuno Cardoso quis distanciar-se de Fernando Gomes, o mesmo de quem agora faz aproximações. Os interesses voltam a encontrar-se e toca a fazer as pazes. O que nunca lhes esteve no pensamento foi certamente os interesses das gentes do Porto, os tais a quem fazem amiúdes profissões de fé e dedicação. Basta. Alguém tem que ser responsabilizado pelos disparates urbanísticos que a cidade do Porto tem sido alvo nos últimos anos. Torre das Antas, urbanizações do Parque da Cidade, um parque de estacionamento no castelo do Queijo que mete água, bombas de gasolina em zonas nobres da cidade, prédios que nascem e depois há que regenociar com contrapartidas por parte da camâra de tudo tem acontecido no Porto. E agora? Não há responsabilidade para além da política? Razão tem José Manuel Fernandes no seu editorial no Público que pede um levantamento da sociedade civil como aconteceu quando dos molhes na foz do Douro, ou quando Pedro Abrunhosa se algemou ás portas do Coliseu. Há que acordar de uma vez por todas e fazer com que os destinos da cidade sejam geridos por aqueles que a conhecem, a sentem e dela fazem parte. Não por trapezistas políticos. Dói ver o que fazem á minha cidade.

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