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segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Como matar a RTP Porto

Discutir o futuro da RTP é sempre um bom tema para animar um serão. Já tivemos um bom número de comissões, um bom número de definições de serviço público, um sem número de acusações de ingerência governativa, um sem número de milhões de euros gastos sem que no fundo se perceba o que afinal vai acontecer à RTP. Ou seja, privatizar, concessionar, fechar ou nada fazer são as opções possíveis.

Mas agora ia olhar apenas para o futuro do centro de produção do Porto (CPP), vulgo Monte da Virgem que afinal é em Gaia.

Olhado sempre como um centro regional, o CPP tem vindo aos poucos a sofrer na pele o centralismo, disfarçado mas continuado, que as administrações mais recentes levam a cabo.

Foi muito badalado mas já passou à história a mudança da Praça da Alegria do CCP para Lisboa. Um programa que era aqui feito com óptimas audiências e que ocupava uma longa lista de profissionais foi "roubada" para Lisboa com o argumento de que iria ser mais barato. Pelas informações que tenho isso não é verdade além de que na versão CCP tinha uma maior abrangência territorial de convidados do que agora em Lisboa que por norma é muito mais "eucalipto".

Mas não foi só a Praça da Alegria que rumou a Lisboa. Foi também o Portugal no Coração. E uma vez mais os mesmos argumentos que se constatam ser falaciosos.

Estes dois apontamentos seriam já de si motivo de preocupação e de alerta para a "morte lenta" que querem aplicar ao CCP. Só que há ainda um novo "veneno" e esse ainda mais perigoso e que tem "embalado" alguns responsáveis políticos do Norte. É a promessa de que a RTP 2 será toda produzida no CCP. Veja-se a entrevista de Alberto da Ponte à revista Notícias TV e está tudo lá. E nas entre-linhas o encerramento.


Há um ano a RTP mudou para Lisboa dois programas estruturais da sua grelha: a Praça da Alegria e o Portugal no Coração, que já tinha vindo uns meses antes. O Centro de Produção do Porto não era competente para produzir os dois programas ou foi uma questão de custos?
Era, mas foi uma questão de redução de custos. Produzir em Lisboa tem outra escala e baixa os custos. Mas temos progressivamente canalizado o Porto para o núcleo da RTP2.
Sim, na altura, prometeu que a RTP2 passaria a ser totalmente feita no Porto. Passado um ano, há apenas o Sociedade Civil.
 Mas olhe que a taxa de ocupação aumentou
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Há três anos, a RTP2 era vista por 5% dos espectadores, uma media de 75 mil portugueses por dia. Hoje são 1,9%, cerca de metade. Quando diz que quer uma RTP2 que regresse "aos bons velhos tempos", como acha que isso pode ser alcançado?
A RTP2 sofreu uma concorrência muito mais direta do cabo. Programas infantis, documentários, séries de ficção, etc. Faz parte do relançamento da RTP2 dizer às pessoas que já têm ali, em sinal aberto, conteúdos pelos quais já pagam 2,65 euros por lar, conteúdos de altíssima qualidade. Não sei se voltaremos a chegar aos 5%, talvez não, mas a RTP2 não se esgota só nas audiências. Tem de atender às minorias, ao desporto amador, ao conhecimento científico e à cultura.


......


Ou seja, alguém acredita que nichos de mercado, vulgo as minorias, vão dar audiências? E que os 1,9% de hoje não se vão transformar em 0,9% e com isso fácil de explicar que não há rentabilidade no CCP e que como tal mais não resta do que fechar?

Se dúvidas tiverem falem com os profissionais da RTP do Porto e eles facilmente lhes dão nota disto mesmo. Mas pior cego do que o que não vê é aquele que não quer ver.

Voltarei a este tema, mas o alerta aqui fica.


segunda-feira, novembro 21, 2011

Telenovela

Os ultimos tempos não foram muito dignificantes para a grande maioria dos envolvidos no processo RTP. Salvaram-se os demissionários que ao verem o caminho que a coisa seguia não quiseram participar. Se não vejamos: uma comissão nomeada, um ministro que na mesma altura pedia à rtp um plano de reestruturação, uma comissão que apresenta um relatório fraco e um ministro que desde logo diz que não se revê no relatório.

Sinceramente esperava mais da comissão mas o que eu definitivamente não esperava eram as afirmações feitas por João Duque no que toca a quem controla o quê.

A grande questão que fica por resolver é qual a definição de serviço público, apesar de serem muitas as teorias e de já existir alguma experiência e alguns estudos bem sustentados. Mas quando toca a ser "educador" a coisa pia fino.

No entanto tenho algumas certezas quanto a este assunto. Certezas minhas claro está.

- a RTP que sobrar após a privatização não deve ter publicidade comercial.
- faz sentido a RTP Informação continuar
- faz sentido a existência de uma RTP Internacional, deixando cair a RTP África
- não faz sentido a RTP Madeira e Açores enquanto canais regionais.
- a RTP Memória deveria continuar

quanto ao mais, diga-se funcionamento, pouco poderei dizer. Custa-me sempre acreditar que o poder politico pressiona, ou melhor, condiciona a informação da RTP. Retirei o pressiona pois com a dita pressão estão os jornalistas habituados. Desde as empresas de comunicação, clubes de futebol, associações, oposição ou governo todos são fontes de pressão. E não só com a televisão do estado, mas com todos os meios de comunicação social.

Haverá gorduras a cortar. Há com toda a certeza. Espero que o façam com racionalidade operacional, pensando no bem da empresa e do equilibrio nacional. Ou seja, que uma vez mais o peso de Lisboa e do seu centralismo não se faça sentir. A tentação é grande e já se sentiu nestes meses últimos. Mas pode ser que não avance mais.

Aguardemos pelo modelo que o ministro já tinha pensado. Nessa altura perceberemos o papel que cada um desempenhou.

sexta-feira, julho 29, 2011

As privatizações (1)


Nunca percebi muito bem porque raio necessita o Estado de ter uma televisão pública. As obrigações de serviço público não se evaporam se apenas existirem empresas privadas de televisão. Tudo isso é regulamentável.

Aliás, se a argumentação normalmente usada para contrariar a privatização da RTP fosse pertinente, então seria natural que também houvesse pelo menos um diário generalista do Estado a dar-nos a versão oficiosa do incêndio da Lourinhã e da morte da vaca do Sr. Asdrúbal e a “educar-nos” culturalmente.

Mas quando ouço os rebelos e balsemões da nossa praça avisarem que o bolo publicitário não chega para todos e que a privatização da RTP seria uma manobra mal-avisada para os afundar, dá-me um ataque de azia: é que na cabeça dessas sumidades vinga a ideia de que o contribuinte deve continuar a suportar os buracos da televisão pública para que suas excelências mantenham as suas quintas. Não será isso uma versão mais sofisticada daquele programa cultural de alto valor acrescentado “Quem perde, ganha”?

segunda-feira, maio 10, 2010

Parabéns ao Braga


O único canal de televisão a que tenho acesso é a RTPi.
Compreendo que a vitória benfiquista entusiasme os seus adeptos e estes devem ter plena liberdade de manifestarem a sua alegria e o seu orgulho. Compreendo ainda que o facto de dezenas de milhares de portugueses saírem à rua seja notícia e mereça reportagem e entrevistas.
Não compreendo nem aceito que a televisão pública gaste horas com as comemorações da vitória de um clube de futebol, seja ele qual for. Ontem, foi demais. Portugal não é o Benfica, como o Norte não é o Porto.
Aquele excesso da RTP não é inocente. Bem sei que somos feitos de sentimentos e de afectos e que a nossa própria racionalidade e inteligência é mais emocional do que julgaríamos. Mas uma televisão pública não pode ser cúmplice de uma estratégia de circo sem pão.

quarta-feira, abril 29, 2009

O Santo Condestável


Graças a uma chamada de atenção do Frei Eugénio e ao blogue "O Regador", pude apreciar este programa da RTP sobre D. Nuno Álvares Pereira.
Que categoria de intervenientes! Chapeau! Ao Prof. João Gouveia Monteiro e ao Bispo auxiliar de Lisboa D. Carlos Azevedo.

terça-feira, novembro 20, 2007

A aposta

No 31 da Armada o Rodrigo e o PPM fazem apostas sobre quem virá a ser o Presidente da RTP. 15 euros valeu a aposta em Emídio Rangel, 20 valeu em Nazaré. Eu atrevia-me a subir a parada e atirava com 35 euros, mas apostava em Nazaré a presidente e ao dobrar da esquina que Rangel fosse o homem forte da Informação. Mas aí a confusão era grande.

quinta-feira, março 08, 2007

Os 50 anos da RTP

Hoje a RTP (TV) fez 50 anos de vida em Portugal.

Se hoje em dia faz parte dos nossos hábitos, o dia 7 de Março de 1957 foi certamente um momento mágico para quem lá trabalhava e para quem assistiu.

Defensor que sou das televisões privadas, não posso deixar de agradecer a todos os que tiveram a audácia e o arrojo dessa aventura.