sexta-feira, julho 29, 2011
As privatizações (1)
Nunca percebi muito bem porque raio necessita o Estado de ter uma televisão pública. As obrigações de serviço público não se evaporam se apenas existirem empresas privadas de televisão. Tudo isso é regulamentável.
Aliás, se a argumentação normalmente usada para contrariar a privatização da RTP fosse pertinente, então seria natural que também houvesse pelo menos um diário generalista do Estado a dar-nos a versão oficiosa do incêndio da Lourinhã e da morte da vaca do Sr. Asdrúbal e a “educar-nos” culturalmente.
Mas quando ouço os rebelos e balsemões da nossa praça avisarem que o bolo publicitário não chega para todos e que a privatização da RTP seria uma manobra mal-avisada para os afundar, dá-me um ataque de azia: é que na cabeça dessas sumidades vinga a ideia de que o contribuinte deve continuar a suportar os buracos da televisão pública para que suas excelências mantenham as suas quintas. Não será isso uma versão mais sofisticada daquele programa cultural de alto valor acrescentado “Quem perde, ganha”?
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Além do mais, o argumento dos que defendem «que o bolo publicitário não chega para todos» é autocontraditório. De facto, se isso for verdade, os potenciais compradores da RTP também o reconhecerão e deixarão de estar interessados no negócio. O concurso de privatização ficará deserto e, logo, a concorrência não terá nada a temer.
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