segunda-feira, outubro 20, 2014

Fiscalidade Verde

Que lindo nome!
Dá mesmo vontade de pagar, não dá?
Já estou ansioso por Janeiro para poder começar a fazê-lo.
Como habitualmente, com saudável alegria fiscal.
 
E a sua apresentação ao pessoal?
Que bonito, e até comovente, ver aquele sorridente ping-pong dos dois governantes na conferência de imprensa. Um, com a mão da fiscalidade, que em 2015 deixaria umas migalhas no meu bolso, outro, com a mão verde, que lhas retiraria. Essas … e mais algumas!
 
Mas apesar de a conferência ser conjunta, lá tentaram vender a ideia que os bolsos de destino seriam diferentes, que a vantagem da fiscalidade era só para mim, o bom, o votante, e que o custo do verde era apenas para o outro, o mau, o poluidor, o não votante. O que os jornais e tv’s logo compraram, tratando me de simular a fiscalidade para 2015 e estimando-me o potencial ganho. Mas sem me dizerem que não chegaria para pagar o custo do novo verde…
 
Um pouco por todo o mundo os governos estão ávidos de impostos, já lhes faltando imaginação para que o pessoal os compre sem protesto. Embrulhá-los numa capa verde tem sido um maná. Fora já assim com o IUC de Sócrates. Que era só uma reformulação para verde, mas não um aumento. Com a crise todos os outros perderam receita e baixaram as vendas de novos carros, mas o IUC disparou em flecha. Ao pra cima, por estranho acaso!
 
Siga, pois, a receita do costume (+impostos; -pensões) e adiemos, uma vez mais, as reformas de fundo para o pós eleições! Onde a história se repetirá…

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