quinta-feira, setembro 18, 2014

Vai formosa e não Segura(o)

O Seguro tirou um coelho da cartola : diz que quer a reforma do sistema eleitoral.

Há cerca de três anos discursou sobre o tema aqui no Porto, num jantar na Fundação Cupertino de Miranda, onde admitiu que se devia mexer no assunto. Mas nunca mais buliu. Agora, em desespero por antecipar a derrota do dia 28, reaparece com vestes de reformador a ver se recupera votos, quando afinal nunca propôs nada sobre esta matéria durante todos os anos em que militou no seu partido, se sentou no Parlamento ou vegetou nos governos do Eng° Guterres. A esta nova demonstração do oportunismo estrutural que o caracteriza não será estranho o facto de uns dias antes ter sido divulgado um manifesto subscrito por trinta personalidades a exigirem a reforma do sistema eleitoral. Enfim...

Dito isto, escangalho-me a rir com as reacções assustadas dos apoiantes do Sr. António Costa e em particular com a ressureição de um tal Lacão, que viu aqui uma boa ocasião para provar que não é um zombie embora continue a ser um estafermo de perna curta. A esperteza do Sr. Seguro traz outros danos colaterais: o ataque de epilepsia do Bloco. Que circo!


O actual sistema eleitoral é uma teta pôdre onde chupam os aparelhistas dos partidos com assento parlamentar. Transformou a nossa democracia numa ópera bufa e fez desses partidos umas seitas manhosas. Alterar o sistema de listas é desde há muito tempo uma medida de higiene pública urgente. Extirpar a dita ‘representação nacional’ da piolheira de indolentes que por lá se arrastam é uma tarefa indispensável se o país quiser merecer respeito e, para tanto, a vassoura mais indicada seria a mudança do próprio sistema que permitiu um tal certame de lacaios e um tal enxovalho nacional. Faça-se, sim, a reforma do sistema eleitoral e talvez com isso algo se regenere no seio dos partidos vigentes. Com um outro benefício: mudando-se o sistema talvez nos possamos despedir defintivamente de gente como o Sr. Seguro. 

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