Os pais são pessoas
importantes e influentes nas nossas vidas.
Uns ensinam-nos a crescer,
entregando-nos ao futuro com autonomia.
Outros deixam-nos dependentes
deles e entregues ao passado.
A nossa democracia, e muitas
das suas instituições, é ainda jovem. Só poderemos dizer que atingiu
a maturidade quando a assumirmos em plenitude no interior das nossas cabeças.
Até lá, até pensarmos e agirmos democraticamente, não passa de uma democracia
formal. Até lá também se vai chamando pelo pai:
Se a discussão versa
instituições do regime democrático, logo as tv’s chamam ao ecrã o que apelidam
de “pai da democracia” e lá temos de gramar Mário Soares.
Se a evolução respeita a
cuidados de saúde, logo chamam o “pai do SNS” e lá temos de nos entediar com António
Arnault.
Se a coisa pode mexer com
normas constitucionais, logo chamam o “pai da constituição” e lá temos de
aturar Jorge Miranda.
Se respeita à comemoração do
vinte-e-cinco-barra-quatro, logo chamam os “pais da revolução” e lá temos de
levar com Vasco Lourenço.
Se incide sobre pensões logo
chamam o “pai adoptivo das ditas” e lá temos de ouvir Bagão Félix.
Em todas estas situações
sempre os “pais” reafirmam às tv´s que o passado é que é bom e que devemos resistir
a toda e qualquer mudança.
Mas a vida nunca pára, antes
sempre evolui, adaptando-se ao presente ou a um futuro que já não é como era no
tempo dos nossos pais.
Sempre na brecha. Abraço
ResponderEliminar