sexta-feira, fevereiro 07, 2014

É jovem? Tem uma ideia? Venha daí!

Não sei se por ter feito carreira nos jotinhas, mas o chefinho tem levado para o governo (& C.ª) bastante juventude. O que, em si, nada tem de mal.

O problema é que os vamos vendo chegar com uma ideia apenas, normalmente importada, mas que mesmo assim não conseguem implementar, seja por que não a assimilaram, seja por que esbarram no muro das finanças. E, falhada esta, esgotam o saco e ficam vazios das ditas.

O primeiro a assim chegar foi Mota Soares que lá transportou, fazendo até jus ao nome, para governo a ideia antiga do cds de estabelecer um  tecto máximo para o valor das pensões públicas (plafonamento, assim lhe chamou) e que tinha como contrapartida limitar proporcionalmente o montante das contribuições dos activos.

Logo o vizinho das finanças chamou o rapaz à pedra, explicando-lhe que não estavam em maré de prescindir de contribuições, e ele lá se calou.

Sobre segurança social nenhuma outra ideia lhe é conhecida. Mas por lá vai ficando a assistir às podas que a tesoura das finanças lhe vai fazendo, limitando-se a vir de seguida ao tv explicar como ainda conseguiu dourar a pílula em prol dos mais pobrezinhos.

Mais tarde chegou Maduro. Trazia na bagagem duas palavras que repetiu até à exaustão – diálogo e consenso – coisa que, dizia, tinha aprendido (mas pelos vistos não apreendido) na sua experiência europeia.

Nada tendo acontecido, lá se calou também. Ou pior ainda. Quando Rui Moreira lhe manifestou o interesse num consenso em matéria de fundos comunitários, no que ao Porto respeitava, antes da proposta ser entregue em Bruxelas, logo Maduro declarou que em Lisboa é que sabiam o que ao Porto convinha, recusando-lhe qualquer diálogo. E, mesmo sem o ouvir, ainda foi ao microfone declarar que Rui Moreira não tinha razão ?!...

Veio depois o Lomba com a ideia importada dos states dumas conferências de imprensa diárias para explicar ao pessoal o que o governo fazia (briefings, assim lhe chamou).

Ainda fez duas ou três. Foi um desastre e lá se calou (ou o calaram) também. Nunca mais ouvi nada dele, mas penso que ainda anda pelo governo.

Mas pior que os meninos é o jovem papá. Passos Coelho também lá chegou com uma ideia – cortar na despesa pública.

Mas acabou por se contentar com a receita do costume (+impostos –pensões).

Enfim, a nossa pobreza não é só económica, mas de governantes e de ideias.

1 comentário:

  1. Tens razão. Mas como cada ideia é tão pobre sou levado a pensar que mais vale serem poucas. Abraço

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