Não
sei se por ter feito carreira nos jotinhas, mas o chefinho tem levado para o
governo (& C.ª) bastante juventude. O que, em si, nada tem de mal.
O
problema é que os vamos vendo chegar com uma ideia apenas, normalmente
importada, mas que mesmo assim não conseguem implementar, seja por que não a
assimilaram, seja por que esbarram no muro das finanças. E, falhada esta,
esgotam o saco e ficam vazios das ditas.
O
primeiro a assim chegar foi Mota Soares que lá transportou, fazendo até jus ao
nome, para governo a ideia antiga do cds de estabelecer um tecto máximo para o valor das pensões
públicas (plafonamento, assim lhe chamou) e que tinha como contrapartida
limitar proporcionalmente o montante das contribuições dos activos.
Logo
o vizinho das finanças chamou o rapaz à pedra, explicando-lhe que não estavam
em maré de prescindir de contribuições, e ele lá se calou.
Sobre
segurança social nenhuma outra ideia lhe é conhecida. Mas por lá vai ficando a
assistir às podas que a tesoura das finanças lhe vai fazendo, limitando-se a
vir de seguida ao tv explicar como ainda conseguiu dourar a pílula em prol dos
mais pobrezinhos.
Mais
tarde chegou Maduro. Trazia na bagagem duas palavras que repetiu até à exaustão
– diálogo e consenso – coisa que, dizia, tinha aprendido (mas pelos vistos não
apreendido) na sua experiência europeia.
Nada
tendo acontecido, lá se calou também. Ou pior ainda. Quando Rui Moreira lhe
manifestou o interesse num consenso em matéria de fundos comunitários, no que
ao Porto respeitava, antes da proposta ser entregue em Bruxelas, logo Maduro
declarou que em Lisboa é que sabiam o que ao Porto convinha, recusando-lhe
qualquer diálogo. E, mesmo sem o ouvir, ainda foi ao microfone declarar que Rui
Moreira não tinha razão ?!...
Veio
depois o Lomba com a ideia importada dos states dumas conferências de imprensa
diárias para explicar ao pessoal o que o governo fazia (briefings, assim lhe
chamou).
Ainda
fez duas ou três. Foi um desastre e lá se calou (ou o calaram) também. Nunca
mais ouvi nada dele, mas penso que ainda anda pelo governo.
Mas pior que os meninos é o jovem papá. Passos Coelho
também lá chegou com uma ideia – cortar na despesa pública.
Mas acabou por se contentar com a receita do costume
(+impostos –pensões).
Enfim, a nossa pobreza não é só económica, mas de
governantes e de ideias.
Tens razão. Mas como cada ideia é tão pobre sou levado a pensar que mais vale serem poucas. Abraço
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