terça-feira, janeiro 21, 2014

Desculpem lá, mas...

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Um político que pretende constituir-se como uma alternativa de Governo não pode sentir-se no direito de afirmar que "as listas de espera no público são carteiras de clientes para o privado". É, no mínimo, ofensivo porque insinua que há intenção quer do governo, quer dos profissionais de saúde em desviar doentes para o privado.

O Sr Seguro há pouco tempo, acusado de falta de credibilidade e de ausência de coragem em propor medidas impopulares, respondeu dizendo que defendia a sepração do trabalho público/privado na saúde (coisa tão populista, não é?) ainda que o único estudo sério que se debruçou sobre essa matéria (Carlos Gante) não tenha concluido que o pluriemprego médico seja prejudicial.

No fundo, o que é triste é sentir que a ignorância e o preconceito aliados ao populismo e à necessidade de se afirmar dá nisto. O PS tem alternativas melhores.



7 comentários:

  1. Bento 201410:04 da manhã

    Onde é que ele se vai curar?

    Quando este senhor precisa de cuidados médicos vai para as filas do público ou é levado pelo motorista ao privado? diga-nos lá onde lhe tratam da saúde que se calhar eu também quero. Somos ou não todos iguais, porra!

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  2. o tema é relevante. Neste caso não se aplicam as regras do mercado. Para a saude não devem valer as regras da oferta e da procura.Ôs contribuintes, os utentes, não podem ser vistos e tratados como sacos de boxe. Resolvam lá isto srs políticos!

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  3. A resolução do conflito de interesses seja na saúde ou onde quer que seja não é "populismo" - neologismo que substitui mal o mais apropriado conceito de demagogia - é uma imperiosa necessidade do país. Eu também acho que mais importante do que lançar suspeitas generalizadas seria útil termos um pouco mais de debate informado das formas de enfrentar problemas de concorrência entre público e privado. Acho que este ponto de vista pode ser expresso sem formas acintosas de tratamento dos actores políticos.

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  4. Na verdade, quem tem sido acintoso (para com um grupo profissional) tem sido o candidato socialista... É natural que se sintam desconfortáveis com as declarações proferidas até porque actualmente há um controlo que dificulta abusos. Para os utentes do SNS, o que é importante é ter os melhores profissionais e penso que a acumulação de funções assegura mais eficientemente a manutenção de um SNS de qualidade.

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  5. As declarações do Dr. Seguro aos meios de comunicação social foram infelizes. De facto, apesar de todos os cortes, a produção de consultas e cirurgias tem-se mantido em valores relativamente estáveis: aliás, o Ministério da Saúde não permite que haja produção maior (5%) daquela que foi previamente acordada nos contratos programa.
    Também não tenho dúvidas que dentro do PS, a maioria dos políticos não se revê nestas afirmações.

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