Por muito que custe aos spin doctors menesistas, Rui Moreira não é uma cópia, um sucedâneo
ou uma marioneta de Rui Rio. Salta à vista que não perde para Rio em qualquer
critério pessoal, cultural, político ou profissional que se queira analisar e é
por isso que vai ganhar a Câmara do Porto.
As qualidades intelectuais e pessoais de Rui
Moreira, bem como o seu equilíbrio e visão, comparam bem com uma certa crispação
e algum paroquialismo de que sofria Rui Rio, que contribuíram para limitar, em maior
ou menor medida, a afirmação e desenvolvimento do Porto nos últimos anos. Não
tenho dúvida de que Rui Moreira vai fazer mais e melhor do que Rio, sem perder
de vista os aspectos positivos da sua gestão.
A verdade é que Rui Moreira merece o voto daqueles que,
por qualquer motivo ou até sem nenhum, não suportam Rui Rio (e eu conheço
muitos destes eleitores), desde logo porque os defeitos apontados à gestão de Rui Rio não
se ultrapassam ou sanam com o seu reverso, Luís Filipe Meneses.
Surpreende-me como é que pessoas inteligentes e
sensatas, algumas que muito prezo, consideram que é com Meneses que o Porto vai
inverter a decadência e subscrevem tranquilamente a torrente de propostas meias
estrambólicas ou impossíveis de concretizar, no actual contexto ou noutro
qualquer, que quasi diariamente são anunciadas.
Confundem o concurso de ideias
que Meneses joga permanentemente consigo próprio com visão estratégica para a
cidade. Estão errados. Não é de Luís Filipe Menezes que o Porto precisa nesta
hora, pese embora algum voluntarismo simpático e até bem intencionado que se
queira reconhecer-lhe. O que faz falta ao Porto é bom senso, respeitabilidade,
competência, estratégia, rigor, liderança, serenidade, independência, cultura e capacidade
de compreensão da realidade. Faz-nos falta Rui Moreira.
Até posso tentar entender aqueles que apoiam Meneses
por estarem desesperados com o estado a que chegou a cidade, mas não posso
aceitar que se rendam e percam o critério. Eu não me rendo nem desespero, pelo
Porto apoio Rui Moreira.
Bravo! Jà sabes que partilho o que acabas de escrever e não seria capaz de o dizer com a mesma serenidade e inteligência. E compreendo perfeitamente a tua perplexidade, que é a minha também, de ver como é que ainda hà pessoas de tino e supostamente informadas que pensam que o Porto teria futuro, credibilidade e prestìgio se por desgraça ficasse à mercê do iluminado de Gaia.
ResponderEliminarInteiramente de acordo. Onde assino?
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