http://videos.sapo.pt/fFRChFy3CrFoBRzZ4FhO
Estas declarações de António Vitorino sobre a necessidade de esperança e de azul devem fazer as delícias de todos os beatos e almas pequeninas que acham que não é bom só dizermos mal e que importa realçar os casos de sucesso para nos afagar a auto-estima e curar a ressaca do desastre.
Trata-se obviamente de uma conversa da treta,
com a particularidade que é sempre dita por quem está bem na vida e a quem a
crise passa ao largo.
Esta esperança de que o Vitorino fala é a ilusão,
o engano e o engôdo. E transporta em si o apelo a que as pessoas desistam de
resolver os problemas e esperem que alguém trate do assunto, até porque esta
esperança é sempre a miragem de que o tempo e uma outra qualquer terceira
entidade vão aparecer com as soluções.
É um “tenham paciência, que o mal não dura
sempre”. Se hoje não estás bem, amanhã vai ser melhor, e se não puder ser já
amanhã, não te esqueças que de qualquer maneira há umas 80 virgens à tua espera
e um prémio (lá está a conversa do prémio) de um vale de mel eterno entre as
nuvens (lá está o tempo de volta) depois de te enterrarem no chão.
Fia-te no azul!
E se não forem 80 virgens, sempre pode ser uma roupinha branca, um harpa e um assento numa nuvem...
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