Parece que há 82 presidentes de Câmara que
devido à lei de limitação de mandatos não poderão concorrer nas próximas
eleições autárquicas à renovação do respectivo mandato.
A lei
diz que não poderão concorrer, ponto final.
O CDS
diz uma coisa e o seu contrário, mas esse partido já nos habituou a essas
piruetas e saltos mortais à rectaguarda. E a cada salto morre mais um bocadinho
apesar de nem disso se dar conta, pois julga que o poder vale todas as missas.
Leio no Público que o vice-presidente do PSD
entende que a lei “não pode ser um castigo para o autarca”. Como este jovem não
se propõe alterar a dita lei ou revogá-la, fica o mistério sobre o que quer ele
dizer com essa pérola do “castigo”. Mas pelos vistos o Sr. Moreira da Silva consegue
descobrir um verdadeiro diamante: é que “só” há 8 ou 9 casos de dinossauros a concorrer
a outros concelhos. Ou seja, se bem compreendo o raciocínio desta mente
brilhante: se dos 82 casos potenciais apenas 8 ou 9 violam a lei, então a coisa não é grave e não
há infracção que valha.
A mim o que me assusta não são propriamente as
tropelias ou os atropelos autárquicos destes ginastas de alta competição. O que
verdadeiramente me mete medo é perceber que o país está entregue a gente deste
calibre.
Francisco, as leis em Portugal são sugestões, não são para cumprir.
ResponderEliminarUm abraço.
- Sistema eleitoral que contemple conjugação com círculos uninominais
ResponderEliminar- 99 a 180 deputados no máximo, e acabar com os votos em manada na AR.
- Ninguém deve poder concorrer fora do distrito ou concelho onde resida ou exerça actividade regular pelo menos nos últimos três anos. Válido para autarquias.
- Todos os eleitos pelo menos para os mais altos cargos poderem ser considerados, só seriam reconhecidos com bom comportamento moral e cívico, por obrigatórios testes de apuramento de efectiva idade adulta e comprovada sanidade mental.
- Acabar com o exclusivo das ditaduras partidárias (onde os medíocres afastam os melhores para sobrevivência indigente) na participação e representação política do País, deixando espaço para iniciativas da sociedade civil que contemple participação e representação efectiva, nomeadamente, na AR.
- Assim, considerar representação política fora da alçada dos partidos, nomeadamente, no parlamento, começando por contemplar o direito a assento por inerência a representantes de organizações sindicais, patronais e outras não estatais com expressão efectiva na sociedade, e ainda por profissões como operários, engenheiros, médicos, professores, jornalistas, trabalhadores, empresários …………….
- Da obediência aos partidos só entraria gente por eleição mas com ligação efectiva ao eleitor. Regra dos 3 x 33 = 99 deputados. 1/3 Por inerência para autarcas, 1/3 ainda por inerência aos grupos e profissões atrás assinalados e, finalmente, 1/3 para eleitos em nome dos acantonamentos partidários.
- Deixar uma cota ainda que residual para representação dos considerados analfabetos estruturais à antiga, que se ainda existirem, fácilmente podem provar que muito frequentemente possuem mais cultura geral e conhecimentos de vida de que muitos doutores novos que por aí passeiam a ignorância.
-Reformular o conceito de abstenção, não a confundindo com insondáveis razões de ausência nas urnas. Criar um campo (X) para esse efeito em cada boletim de voto. Esta intransmissível , pessoal e inconfundível opção merece e deve exigir a dignidade de voto válidamente expresso. Uma civilizada, consciente e ponderada escolha não pode ser obrigada a ficar na rua em vala comum de incertos. Os nossos deputados, na Assembleia da República, apesar da aviltante disciplina partidária a que se submetem, para se abster tem que marcar presença. Quero lá uma cruzinha para me abster, querendo. No circo das autarquicas enorme Seara na dança de marionetes