terça-feira, março 13, 2012

...ou seja, no porta-aviões


A demissão do Secretário de Estado da Energia Henrique Gomes é um facto político muito mais relevante do que essa discussão de porteiras sobre as grosseirices de um ex-primeiro-ministro e os amuos atrasados do Presidente. Parece que já há quem dê a tal zanga um estatuto de polémica constitucional. Divirtam-se.

A demissão de Henrique Gomes, que ainda não terà sido suficientemente explicada, é grave porque fica a impressão que é fruto das pressões da EDPeste do Sr. Antònio Mexia, que ainda há dias afirmava, na sua pesporrência habitual, que o estudo do Governo que concluia serem excessivas as rendas que o Estado paga à EDP era um estudo inútil e inutilizàvel por conter erros grosseiros.

Ou me engano muito ou esta demissão é a prova provada de que a EDP do mandarim Antònio Mexia é um Estado dentro do Estado e de que este governo se vem especializando em ser cada vez mais fraco perante os fortes de ontem e de hoje. Como diz o Carlos no post anterior, este foi um tiro no porta-aviões.

1 comentário:

  1. Para quem ainda pudesse (como?) manter algumas ilusões, é cada vez mais claro que este governo (tal como os anteriores) e os partidos que os apoiam, mais não fazem do que cumprir as ordens e implementar as decisões do verdadeiro poder da actualidade, as corporações, os especuladores financeiros, em suma(como na cantiga) as "sanguessugas" da sociedade.
    Da democracia, do poder do povo, já nada mais resta do que a fantochada de umas eleições de 4 em 4 anos nas quais as opiniões, formadas pelas máquinas de propaganda a que se continua a chamar "orgãos de informação", eternizam a situação criminosa a que assistimos indefesos e aparentemente apáticos.
    É óbvio que, se não for antes, a pressão sempre crescente do empobrecimento, da fome, da falta de esperança, irá criar a solução previsível, tão mais violenta quanto tardia.
    Só não vê quem não quer e ainda há muitos que não querem...

    AM

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