A Austeridade como Doutrina do castigo dos infractores deve ser substituída por uma Austeridade responsável quer para os credores quer para os devedores.
Uma dívida impagável numa Grécia economica, social e culturalmente impreparada para fazer parte de uma União Monetária e uma Europa (leia-se Alemanha) visivelmente enfadada com o devaneio da Dívida deviam ter levado os decisores políticos gregos, ainda em 2010, a tomar uma decisão corajosa: ou permanecer no Euro, reformando o Estado e assumindo a dívida ou parte dela com todas as suas consequências; ou regressar ao Dracma, assumindo uma previsível desvalorização da Moeda (até 60%!) com todo o empobrecimento que tal acarretaria, mas dotando a Economia de uma nova competitividade.
Curiosamente, os gregos, pelo menos nas sondagens, querem permanecer no Euro mas rejeitam a austeridade a que o mesmo obriga. Eventualmente, a maioria da população grega quer manter-se no Euro mas simultaneamente rejeita uma austeridade punitiva sem fim à vista e que, provavelmente, não irá evitar uma saída forçada do Euro.
Provavelmente, em 2010 os decisores políticos gregos tinham esperança numa maior flexibilidade e solidariedade europeia. Enganaram-se.
Em Portugal, em 2011, foi tomada a decisão de permanecer no Euro. O amplo apoio popular (Eleições Legislativas) aos subscritores do Memorando da Troika é prova disso mesmo. Nós, Portugueses, iremos, pois, suportar todas as medidas de ajustamento financeiro necessárias para cumprir esse objectivo. Temos que ser consequentes. Mas temos, ao mesmo tempo, que exigir aos nossos Políticos que cumpram o que o programa da Troika deixava antever: Não cair no erro grego, o da infindável austeridade punitiva. O Programa de Assistência Financeira antevia uma série de reformas estruturais que visavam o aumento da competitividade com uma significativa redução de custo de trabalho (Taxa Social Única). O mesmo programa visava igualmente medidas de apoio à Economia (fim dos monopólios do Estado e das PPP lesivas para o Estado).
O Programa de Assistência Financeira pode ser uma oportunidade, por entre a catástrofe social que representa. Seria importante não esquecer este aspecto, para que não seja uma oportunidade perdida. Ainda se lembram do choque fiscal de Durão Barroso?
Curiosamente, os gregos, pelo menos nas sondagens, querem permanecer no Euro mas rejeitam a austeridade a que o mesmo obriga. Eventualmente, a maioria da população grega quer manter-se no Euro mas simultaneamente rejeita uma austeridade punitiva sem fim à vista e que, provavelmente, não irá evitar uma saída forçada do Euro.
Provavelmente, em 2010 os decisores políticos gregos tinham esperança numa maior flexibilidade e solidariedade europeia. Enganaram-se.
Em Portugal, em 2011, foi tomada a decisão de permanecer no Euro. O amplo apoio popular (Eleições Legislativas) aos subscritores do Memorando da Troika é prova disso mesmo. Nós, Portugueses, iremos, pois, suportar todas as medidas de ajustamento financeiro necessárias para cumprir esse objectivo. Temos que ser consequentes. Mas temos, ao mesmo tempo, que exigir aos nossos Políticos que cumpram o que o programa da Troika deixava antever: Não cair no erro grego, o da infindável austeridade punitiva. O Programa de Assistência Financeira antevia uma série de reformas estruturais que visavam o aumento da competitividade com uma significativa redução de custo de trabalho (Taxa Social Única). O mesmo programa visava igualmente medidas de apoio à Economia (fim dos monopólios do Estado e das PPP lesivas para o Estado).
O Programa de Assistência Financeira pode ser uma oportunidade, por entre a catástrofe social que representa. Seria importante não esquecer este aspecto, para que não seja uma oportunidade perdida. Ainda se lembram do choque fiscal de Durão Barroso?
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