domingo, fevereiro 26, 2012

Lá calha...



Tenho as maiores reservas sobre a alegada conveniência de se produzir energia nuclear em Portugal, mas admito que o assunto seja debatido e discutido, até porque isso será um boa ocasião para esclarecer a forma como são estabelecidos os preços da energia no nosso país e para tentar pôr cobro à opacidade de um mercado que vem permitindo negociatas estranhas e crimes ambientais irreversíveis.

Todavia, a argumentação de que se Portugal dispensou até hoje essa fonte de energia poderá, se calhar, dispensá-la no futuro (veja-se a entrevista da Ministra Cristas no Público de hoje) parece-me uma daquelas afirmações cabotinas que revelam ou pura desonestidade intelectual ou aguda pobreza de espírito. Estas matérias merecem um outro rigor que vai muito para além das aproximações juvenis do “se calhar”.

Há situações em que os “se calhar” calham muito mal.

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