sábado, dezembro 17, 2011


É acima de tudo uma questão sentimental, o meu pai adormecia-me em menino com as suas histórias das viagens entre a metrópole e Luanda. Intercalava estas histórias com mornas que mais tarde vim a reencontrar no Ildo Lobo, no Bana, no Alcides e sobretudo na Cesária Évora. Cantava-me sempre a Sodade antes de um encore sem retorno do Trem das 11 em ritmo afro-samba. E eu lá adormecia a imaginá-lo no deck do Vera Cruz, com a sua viola, camisa caqui e a lua a reflectir-se nas águas do sul. Que sodade destes tempos. Obrigado Cesária!

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