quinta-feira, agosto 04, 2011

Super-corneta




Ontem, o Conselho de Segurança da ONU aprovou um apelo (aliás, foram dois) para que cesse a violência na Síria.
Ontem, o Durão Barroso fez outro apelo aos líderes europeus para que façam qualquer coisa que tranquilize os mercados.
Obama também fez vários apelos, enquanto republicanos e democratas negociavam o tecto da dívida. A esse propósito, choveram apelos, desde Pequim a Berlim, passando pela presidente do FMI.
O nosso Presidente Cavaco faz, dia-sim dia-não, um apelo qualquer, seja para que se vote, que se empreenda, que se exporte, que se coma batata nacional ou outra boa acção.

Isto dos apelos é barato e tem a vantagem de transmitir a ideia de que é o outro que tem a responsabilidade ou a solução. A minha saudosa Tia Elisa fazia-nos, durante as férias, todos os dias o mesmo apelo matinal: “tenham juízo!”, mas ela nunca desconfiou que estava de moda antes de tempo.

Tentem com uma corneta. Há umas de plástico nas lojas chinesas. Talvez vos ouçam melhor.

2 comentários:

  1. Já afora, aqui fica o meu apelo, sem corneta, ao Sol.
    FRF

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  2. Esgotaram as bombas?

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