É costume da comunicação social cá do sítio e dos seus habituais comentaristas (que ultimamente se reproduzem como coelhos) conceder aos novos governos um “estado de graça” inicial. Dizem que é para os novos ministros terem tempo de meter o nariz nos pendentes, embora eu suspeite que a coisa tem mais a ver com decoração de gabinetes. Tanto de secretárias e de quadros, como de Secretárias e de Quadros.
Com este novel governo toda a comunicação social foi unânime em lhe esvasiar um tal período introdutório. Não porque não o merecesse ou a ele não tivesse direito, mas tão simplesmente porque tempo para tanto não lhe quedava. Claro que, sem estado de graça, logo os comentaristas de serviço começaram a zurzir no anunciado governo. Mesmo antes de empossado.
Pessoalmente achei bastante graça ao elenco anunciado. Pela juventude, por algum (pelo menos aparente) descomprometimento, por alguma experiência de gestão ou de ambientes internacionais, mas sobretudo, como costuma dizer Medina Carreira, por ter também gente de profissão. Já que não tinha direito a “estado de graça” decidi então conceder a Passos Coelho um “estado engraçado”.
Um nome ficara, porém, a arranhar o meu ouvido: José Relvas. Como se lhe apontavam os assuntos parlamentares, embora para lamentar acabei por aceitar que até poderia dar algum jeito deixá-lo a aturar as oposições. Só não entendo porque necessita agora de um secretário de estado. Será que um fica com os assuntos parlamentares da maioria e outro com os das oposições?
Regressado de um fim-de-semana (ou já será “fim de semana”?) prolongado e sem notícias, sou agora surpreendido com um outro nome demasiado arranhativo: Marco António Costa. E logo na delicada e sensível área da Segurança Social.
Foi quanto me bastou para retirar ao senhor Passos Coelho o “estado engraçado” que na semana anterior lhe havia concedido. O que aqui declaro.
A lista de promessas para SE é jeitosa. Pode ser que o PPC ainda arrepie caminho...
ResponderEliminarum barço
JAC
Afinal a lista de SE's é melhor do que aquilo que foi anunciado (apesar do marcantónio...)
ResponderEliminarJAC
Em estado de graça ou não o que me parece a mim bem significativo da mentalidade deste novo governo é o facto bem curioso da abolição do Ministério da Cultura...Nada "engraçado",diria eu.
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