E viva por esta razão principal: tudo o que vier a passar-se daqui para a frente não é culpa dos fundos, nem das medidas que venhamos a aceitar como contrapartida das "ajudas" que nos venham a dar.
Não senhora, a culpa é nossa. Nossa e do que andamos a fazer nos últimos anos (décadas).
Será fácil, de ora em diante, culpar os fundos, mas a verdade é que fomos nós que nos metemos no buraco - até demos uma segunda oportunidade ao Sócrates -, que hipotecamos o nosso futuro com PPP e outras que tais, que desperdiçamos as oportunidades dos fundos europeus, da adesão ao euro, etc. etc. e, sobretudo, que permitimos a implantação de um modelo económico que não só não tem futuro como não é competitivo.
Viva o FMI, igualmente, porque é a nossa única garantia, e sublinho única, de que ficaremos a conhecer a verdadeira dimensão da desgraça e bem assim que nos obrigarão a cumprir as promessas que venhamos a fazer. E isto não é pouco, porque a avaliar pela irresponsabilidade da nossa elite política, somos bem capazes de fazer muito pior se não houver quem nos impeça...
Para quem tiver dúvidas sobre o que afirmo há duas leituras recentes e obrigatórias: a página central do Expresso Economia de sábado passado sobre os custos previsíveis das PPP e a entrevista do economista grego, Chrysostomos Tabakis professor da Nova, no i de hoje.
Sem comentários:
Enviar um comentário