A época dos convites

Quando chega a altura de fazer listas para eleições sejam elas autárquicas ou legislativas aparecem sempre cinco tipos de politicos: os que dizem ter sido convidados e que não aceitaram,os que foram efectivamente convidados e não aceitaram, os que foram convidados e aceitaram e os que querem ser convidados e não o são. E claro há uma quinta espécie que é os que foram convidados, não aceitaram e nada dizem.

Os primeiros normalmente são os politicos em "bicos de pé". Tanto tentam aparecer que qualquer coisa serve.

Os segundos são normalmente gente que pretende manter um distanciamento ou à politica em geral ou em concreto às politicas seguidas pelo seu partido.

Os terceiros são o grosso e são eles que dão o corpo às balas nos confrontos, por carreira politica ou mesmo saindo da sua zona de conforto aceitam participar em combates dificeis.

Os quartos normalmente são carreiristas que se vêem ostracizados pela cúpula do momento.

E os quintos são poucos e são os verdadeiros senhores da sociedade portuguesa. E esses nunca sabemos quem são.

E para azar do PSD e de Passos Coelho só têm aparecido dos segundos. Tem sido a um ritmo nunca imaginado e barão atrás de barão a comunicação social vai dando conta do que pode representar uma deserção das elites.

O que acarreta dois trabalhos ao líder do PSD: arranjar nomes e contrariar a onda negativa que se tem vindo a gerar. E esta parece ser de facto a que tem que merecer mais atenção por parte da sua estrutura. PCoelho está a sofrer do sindroma dos treinadores: passar de bestial a besta num instante.