quarta-feira, março 23, 2011

Soluções para a crise

Finalmente, o Governo demitiu-se.

O País pode começar agora a preparar-se para conhecer a verdadeira dimensão do descalabro. Espero que se aproveite bem este tempo de pré-campanha, que já começou, para revelar todas as dividas encapotadas que por aí andam: PPP, CP, REN, Estradas de Portugal, Metros do Porto e de Lisboa, etc., etc.

Creio que chegaremos rapidamente à conclusão de que não teremos condições para pagar tudo. E portanto, das duas uma: ou não pagamos aos nossos credores externos ou renegociamos as PPP. Ou, quiçá, talvez até tenhamos de fazer as duas.

De qualquer dos modos, será rapidamente certo que não vamos lá sem ajuda externa. Não apenas no sentido em que continuaremos a necessitar de empréstimos externos, mas também no sentido em que precisaremos de "conselhos" externos sobre as medidas a aplicar e, sobretudo, de "acompanhamento" externo da execução dessas medidas. Numa palavra, do FMI ou equivalente.

Quaisquer que sejam essas medidas e qualquer que seja o próximo Governo, passaremos tempos de muita dificuldade, provavelmente acompanhados de convulsões sociais.

É minha profunda convicção que só conseguiremos evitar desgraças se se conseguir encontrar uma forma de propor e executar medidas que sejam "justas" e possam, por isso, ser aceitáveis aos olhos dos mais desfavorecidos e dos desempregados. Esperemos que impere o bom-senso e que Passos Coelho consiga ter mão na apetência pelo poder do seu partido.

Resta-me a esperança e a confiança que Paulo Portas tem finalmente uma boa equipa ao seu lado e percebeu a oportunidade única que se lhe apresenta e ao CDS. Estou convicto que o CDS será o garante de que as "correcções" necessárias serão as adequadas. E estou esperançado que o eleitorado o vai perceber e finalmente escolher a mudança.

É possível um Portugal melhor. Basta querer.

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