sexta-feira, março 25, 2011

Os dias DD

Depois do dia D vivemos ontem o primeiro dos dias DD (Dias Depois).
Foi profícuo em declarações eleitoralistas que, espremidas, só me dizem que em Abrantes tudo como dantes.
Creio que parte do governo, à custa de umas viagensinhas à Bélgica (e à Alemanha), já tinha começado a perceber o problema (embora tivesse medo de o explicar).
Creio que a oposição ainda não o digeriu. Uns não o percebem realmente, outros nem sequer o querem perceber.
Curioso é que todos se estejam já a perfilar para, à imagem e semelhança de Sócrates, virem festejar a bondade e a paternidade da solução no dia em que a economia nacional exportar mais 10 caixas de sapatos que em igual mês do ano anterior.
Mas a coisa não é, nem será, de curto prazo e o processo será longo e penoso.
Dizem que as eleições devolvem a voz ao povo. Mas, nas actuais circunstâncias, que voz poderá ter o povo? O problema tem mesmo de ser resolvido e, com a necessidade de uma base alargada de apoio, nem os actores lhe será deixado verdadeiramente escolher.
E agora, Sr. Presidente, quer mesmo eleições? Olhe que estamos nas suas mãos.
Ontem, primeiro dos DD, começou por ouvir o Governador do BdP. E bem.
Hoje será a vez dos partidos. Naturalmente, já sabe que todos pedirão eleições.
Mas a questão é o que lhes vai dizer? Ou propor? Ou, porque não, exigir?
Nos próximos dias, DD também poderá funcionar como uma espécie de rating da presidência, que tanto poderá evoluir para DD+ como para DD-. Tudo dependerá apenas de si próprio.

2 comentários:

  1. Com Sócrates o veneno estará sempre no remédio. Mas criancinhas imberbes comem a papa toda envenenada.

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  2. Na minha modesta opinião, o problema do homem parece ser antes do foro clínico. Mas esta poderá ser também uma boa ocasião de lhe ser dada uma oportunidade para se ir tratar.
    O que, com eleições à vista, não terá.
    O problema é grave demais e o país não se pode dar ao luxo de o continuar manter por aí.
    Este é assunto que pode, e tem de, ser resolvido.
    E já, pois que é o cerne da questão.
    O das criancinhas imberbes bem podemos continuar a viver com ele.
    FRF

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