Depois do dia D vivemos ontem o primeiro dos dias DD (Dias Depois).
Foi profícuo em declarações eleitoralistas que, espremidas, só me dizem que em Abrantes tudo como dantes.
Creio que parte do governo, à custa de umas viagensinhas à Bélgica (e à Alemanha), já tinha começado a perceber o problema (embora tivesse medo de o explicar).
Creio que a oposição ainda não o digeriu. Uns não o percebem realmente, outros nem sequer o querem perceber.
Curioso é que todos se estejam já a perfilar para, à imagem e semelhança de Sócrates, virem festejar a bondade e a paternidade da solução no dia em que a economia nacional exportar mais 10 caixas de sapatos que em igual mês do ano anterior.
Mas a coisa não é, nem será, de curto prazo e o processo será longo e penoso.
Dizem que as eleições devolvem a voz ao povo. Mas, nas actuais circunstâncias, que voz poderá ter o povo? O problema tem mesmo de ser resolvido e, com a necessidade de uma base alargada de apoio, nem os actores lhe será deixado verdadeiramente escolher.
E agora, Sr. Presidente, quer mesmo eleições? Olhe que estamos nas suas mãos.
Ontem, primeiro dos DD, começou por ouvir o Governador do BdP. E bem.
Hoje será a vez dos partidos. Naturalmente, já sabe que todos pedirão eleições.
Mas a questão é o que lhes vai dizer? Ou propor? Ou, porque não, exigir?
Nos próximos dias, DD também poderá funcionar como uma espécie de rating da presidência, que tanto poderá evoluir para DD+ como para DD-. Tudo dependerá apenas de si próprio.
Com Sócrates o veneno estará sempre no remédio. Mas criancinhas imberbes comem a papa toda envenenada.
ResponderEliminarNa minha modesta opinião, o problema do homem parece ser antes do foro clínico. Mas esta poderá ser também uma boa ocasião de lhe ser dada uma oportunidade para se ir tratar.
ResponderEliminarO que, com eleições à vista, não terá.
O problema é grave demais e o país não se pode dar ao luxo de o continuar manter por aí.
Este é assunto que pode, e tem de, ser resolvido.
E já, pois que é o cerne da questão.
O das criancinhas imberbes bem podemos continuar a viver com ele.
FRF