segunda-feira, março 14, 2011
Já Basta (2)
Houve o Freeport e o pequeno-almoço com o Figo, oferecido pelo Taguspark.
Houve a PT a meter-se na TVI, mas só ele não sabia de nada.
Houve o Armando a armar-se em gestor bancário, mais os seus negócios de sucata, uns sacos de linguados e umas telefonadelas ao chefe.
Houve um canudo de uma escola fechada e de uns amigos entretanto bem arrumados.
Houve escrituras que desapareceram, primos que emigraram e tios que se esqueceram.
Houve a mentira de um Tratado que não se quiz referendar, mas que lhe deu um abraço porreiro.
Houve a mentira dos 150.000 postos de trabalho que se iam criar, mas já passamos os 11% de desemprego.
Houve a mentira de um déficit que era um tal mas que uma semana depois já era outro e bastante pior.
Houve a mentira de um PEC que nos ia salvar e era o último e já vamos no quarto.
Houve as Scuts que afinal, a norte, deixaram de o ser.
Houve o Magalhães, mais os fundos de um Fundo e uns ajustes directos que ninguém consegue explicar.
Houve processos contra jornalistas e multas contra jornais que não se conseguiram ainda comprar.
Houve alianças, sorrisos, prendas e jantares com o Chavez, o Kadhafi, o Santos, e outros ‘democratas’ do socialismo da treta e das contas em off-shores.
Foi-se a Cimpor, a Galp vai a caminho, a TAP deixará de o ser, um terço da banca é da Isabel, mas ainda resta uma catrefa de institutos, os CTT, fundações, observatórios e se for preciso criam-se num ápice mais Comissões onde se instalam os colegas ou se calam os incómodos da véspera. E entretanto a EDP espatifa os nossos vales com as retro-escavadoras do amigo Coelho e esmifra o cliente com facturas que não se explicam.
As tuteladas CP, Carris, Metro de Lisboa, Ren, Refer valem lixo mas custam caro ao contribuinte.
Houve o BPN e o BPP, mais umas mentiras de que tudo se resolveria sem despesa e umas palmadinhas nas costas do amigo Constâncio, agraciado pelos serviços prestados ao silenciar o déficit e a dívida.
Ficam-nos 400 mil milhões de dívida pública e privada.
Ficam-nos juros rondando os 8%, a prometer-nos um amanhã sinistro.
Ficam-nos um exército de parados a crescer para os 700.000.
Ficam-nos 40% de precários, de verdes e de aprazados.
Ficam-nos uma resma de impostos mais caros, novas taxas, novos sacrifícios e mais alcavalas.
Ficam-nos milhares de processos judiciais esquecidos em armários ou empilhados em caves.
Ficam-nos a Casa Pia, a operação Furacão, as fraudes, as escutas, os inquéritos, as prescrições, enfim, os berloques e as luminárias de uma Justiça que é uma vergonha e um insulto.
Ficam-nos uma raiva e uma revolta que já não se pode esconder, mas fica-nos sobretudo uma vergonha de termos tardado tanto a levantarmo-nos para gritarmos bem alto:
JÁ BASTA!
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E DISSE NADA.....
ResponderEliminarPatético. Como é que descaradamente este homem nos vem falar de reforçar a confiança de Portugal na Europa e nos mercados, quando na sua impiedosa cegueira não vê que já perdeu em definitivo a confiança dos Portugueses. Repetitivo até á exaustão no seu estilo palavroso de fazer de cada pergunta um comício rebobinado. Não o reconheci ao deixar pelas ruas da amargura a capa do arrogante intratável que nunca deixou de vestir. Sobrou-lhe ainda a desfaçatez de não se poder libertar do instinto de manipulador compulsivamente mórbido que sempre o acompanhará. Não posso com ele nem com molho de tomate mas confesso que me fez pena.