XiaoZhang (27) é uma mulher feliz. Depois de uma vida sentimental turbulenta, encontrou na relação com XiaoLi uma estabilidade desconhecida.
XiaoLi (26), originário do Henan onde deixou os pais, gente do campo humilde e pobre, veio tentar a sorte em Pequim. Chegou com 100 kuais (10 euros) nos bolsos. Teve de comprar uma camisa e um par de calças decentes, de partilhar apartamento e colchão. De enganar muita fome. Pagar favores. Durante os primeiros três anos endividou-se a fundo. Hoje, cinco anos depois de ter chegado, ocupa um lugar importante numa das maiores firmas de publicidade. Reembolsou as dívidas. Comprou um pequeno apartamento. Comprou carro. E para o ano pensa casar-se com XiaoZhang e comprar um apartamento maior. Um “must” para não perder a face junto de amigos e clientes.
Uma “success story” que em Pequim um realizador pondera contar em filme. Mas o sucesso de XiaoLi preocupa a sua namorada. O sucesso rápido atrai invejas. A ostentação gera inimigos. A máxima discrição impõe-se numa sociedade onde nada é dado a ninguém sem contrapartida. Onde todos, grandes e pequenos, se deixaram um dia tentar por práticas menos recomendáveis. Finalmente ricos mas vulneráveis. E sem uma boa rede de conhecimentos, qualquer dia um funcionário governamental virá bater-lhe à porta a pedir comissão.
XiaoZhang sabe que a “success story » do seu amigo pode ter fim a qualquer momento. Por isso, para já está decidida a viver plenamente o presente. Sem provocações e sem grandes ilusões.
XiaoLi é um exemplo de entre muitos jovens chineses da geração dos anos 80 que cresceu com o desenvolvimento económico fulgurante. Que soube usufruir da sociedade de consumo post-Deng Xiaoping , onde tudo é possível. Mas que sem regras e leis adequadas deixa em aberto a porta à corrupção e à chantagem.
XiaoLi (26), originário do Henan onde deixou os pais, gente do campo humilde e pobre, veio tentar a sorte em Pequim. Chegou com 100 kuais (10 euros) nos bolsos. Teve de comprar uma camisa e um par de calças decentes, de partilhar apartamento e colchão. De enganar muita fome. Pagar favores. Durante os primeiros três anos endividou-se a fundo. Hoje, cinco anos depois de ter chegado, ocupa um lugar importante numa das maiores firmas de publicidade. Reembolsou as dívidas. Comprou um pequeno apartamento. Comprou carro. E para o ano pensa casar-se com XiaoZhang e comprar um apartamento maior. Um “must” para não perder a face junto de amigos e clientes.
Uma “success story” que em Pequim um realizador pondera contar em filme. Mas o sucesso de XiaoLi preocupa a sua namorada. O sucesso rápido atrai invejas. A ostentação gera inimigos. A máxima discrição impõe-se numa sociedade onde nada é dado a ninguém sem contrapartida. Onde todos, grandes e pequenos, se deixaram um dia tentar por práticas menos recomendáveis. Finalmente ricos mas vulneráveis. E sem uma boa rede de conhecimentos, qualquer dia um funcionário governamental virá bater-lhe à porta a pedir comissão.
XiaoZhang sabe que a “success story » do seu amigo pode ter fim a qualquer momento. Por isso, para já está decidida a viver plenamente o presente. Sem provocações e sem grandes ilusões.
XiaoLi é um exemplo de entre muitos jovens chineses da geração dos anos 80 que cresceu com o desenvolvimento económico fulgurante. Que soube usufruir da sociedade de consumo post-Deng Xiaoping , onde tudo é possível. Mas que sem regras e leis adequadas deixa em aberto a porta à corrupção e à chantagem.
Maria
Estive com a namorada (salvo seja) até ela decidir meter a cabeça na areia e viver plenamente o presente.
ResponderEliminarQuand méme, que sejam felizes...
FRF
obrigado _Maria por nos dar conta desta realidade que, sendo distante, está sempre perto.
ResponderEliminarjgg