Amanhã Bento XVI irá consagrar um dos mais intrigantes templos da Cristandade. Na Sagrada Família, sente-se, claramente, o sopro de uma inspiração divina. Por seu lado, hoje, Santiago de Compostela, foi o campo das estrelas (campus stellae) da Cristandade, o lugar de todo o peregrino, de todo o romeiro, de todo o palmeiro. Pessoalmente, são momentos que se inscrevem, de forma indelével, na memória.
Vem isto a propósito de, uma vez mais, se ouvirem vozes inquietas vergastando na iniquidade de um Estado não confessional suportar as despesas com a vinda do Papa. Neste caso, o estado Espanhol.
No entanto, à laia de justificação, não se vai aqui invocar o facto de se estar a receber o chefe de Estado da Santa Sé. Também não se usará o argumento de que estamos perante o chefe de uma Igreja na qual a maioria dos cidadãos espanhóis se reconhece. Não será necessário referir que estamos perante o ícone vivo de um dos pilares onde se estriba a nossa Cultura Ocidental. Escusado, também, será convocar o momento ímpar em que Arte, Cultura e Religião, se voltam a entrelaçar no lugar do Belo.
O único argumento que interessa é um só. De facto, sabemos que o dito estado social e essa Esquerda que se maravilha com o mito de Robin Wood, se baba com o facto de alguns suportarem, indirectamente, os custos de outros. Seja na Saúde, na Educação, na Segurança Social, na Justiça. Tal justifica-se, prima facie, por razões que são de justiça social, e que impõem uma redistribuição dos recursos por toda a sociedade. De uma forma equitativa. Mas por trás deste princípio, quase moralizante da res publica, existe uma razão bem mais prosaica. O que aqui se trata, é da sustentabilidade da sociedade enquanto tal, ou seja de prover à coesão social. Sem a qual não há comunidade política, nem, no limite, o próprio Estado.
Ora, estando nós em países cujos povos, materialmente, reconhecem como um dos pilares angulares da sua identidade, o Cristianismo, neste caso o Catolicismo, é natural que a comunidade política institucionalizada e que conforma estas nações, respeite e acolha no seu seio o ícone de um dos seus alicerces maiores. E porque os números interessam, e porque a Democracia é também a vontade da maioria, não haverá dúvidas que em países materialmente confessionais (que a esmagadora maioria da população se designa como professando o Catolicismo), como são Espanha e Portugal, o Estado não possa deixar de suportar financeiramente uma visita destas. No limite, como dizia, a bem da própria coesão social.
É só pena que com pensamentos daqueles, os tetranetos dos tetranetos desses arautos do laicismo militante, poderão - quem sabe... - vir a ter saudades de um tempo onde não era socialmente obrigatório acender incensos a Confúcio ou ter como bússola, Meca.
Vem isto a propósito de, uma vez mais, se ouvirem vozes inquietas vergastando na iniquidade de um Estado não confessional suportar as despesas com a vinda do Papa. Neste caso, o estado Espanhol.
No entanto, à laia de justificação, não se vai aqui invocar o facto de se estar a receber o chefe de Estado da Santa Sé. Também não se usará o argumento de que estamos perante o chefe de uma Igreja na qual a maioria dos cidadãos espanhóis se reconhece. Não será necessário referir que estamos perante o ícone vivo de um dos pilares onde se estriba a nossa Cultura Ocidental. Escusado, também, será convocar o momento ímpar em que Arte, Cultura e Religião, se voltam a entrelaçar no lugar do Belo.
O único argumento que interessa é um só. De facto, sabemos que o dito estado social e essa Esquerda que se maravilha com o mito de Robin Wood, se baba com o facto de alguns suportarem, indirectamente, os custos de outros. Seja na Saúde, na Educação, na Segurança Social, na Justiça. Tal justifica-se, prima facie, por razões que são de justiça social, e que impõem uma redistribuição dos recursos por toda a sociedade. De uma forma equitativa. Mas por trás deste princípio, quase moralizante da res publica, existe uma razão bem mais prosaica. O que aqui se trata, é da sustentabilidade da sociedade enquanto tal, ou seja de prover à coesão social. Sem a qual não há comunidade política, nem, no limite, o próprio Estado.
Ora, estando nós em países cujos povos, materialmente, reconhecem como um dos pilares angulares da sua identidade, o Cristianismo, neste caso o Catolicismo, é natural que a comunidade política institucionalizada e que conforma estas nações, respeite e acolha no seu seio o ícone de um dos seus alicerces maiores. E porque os números interessam, e porque a Democracia é também a vontade da maioria, não haverá dúvidas que em países materialmente confessionais (que a esmagadora maioria da população se designa como professando o Catolicismo), como são Espanha e Portugal, o Estado não possa deixar de suportar financeiramente uma visita destas. No limite, como dizia, a bem da própria coesão social.
É só pena que com pensamentos daqueles, os tetranetos dos tetranetos desses arautos do laicismo militante, poderão - quem sabe... - vir a ter saudades de um tempo onde não era socialmente obrigatório acender incensos a Confúcio ou ter como bússola, Meca.
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