sexta-feira, novembro 12, 2010

Minudências


Em 1492, na Universidade de Salamanca, Antonio de Nebrija oferecia à sua rainha Isabel a inédita “Gramática castellana”, para surpresa da monarca que não percebia a utilidade da obra. Se ainda fosse uma gramática de latim como aquela que cinco anos antes a ajudara a melhorar a sua compreensão da língua franca, vá lá que não vá, mas para quê um livro a explicar como se fala e escreve aquilo que já se fala e escreve?

À atrapalhação embaraçada do Nebrija acorreu de imediato o Bispo de Ávila ali presente, Hernando de Talavera: “Como Vossa Majestade subjugou povos bárbaros e nações de várias línguas, virá a necessidade, após a conquista, de os obrigar a aceitar as nossas leis e a nossa língua”.

Leio na imprensa que a União Europeia gostaria de avançar com a instituição de uma Patente Europeia cujo registo se poderia fazer apenas numa das seguintes três línguas: francês, inglês ou alemão. Parece que os italianos e os espanhóis não estão dispostos a engolir esse sapo. Dos portugueses nada se sabe ou, para ser mais directo, sabe-se que se estão nas tintas para o assunto. O nosso Amado deve ter arrumado o caso encomendando 3 gramáticas. Desde que haja linguiça...

2 comentários:

  1. O Amado confia na oposição que os belgas naturalmente lhe farão...
    FRF

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  2. 1 - E o Sr. Barroso, o que disse?
    2 - E eu, tuga, como é que consigo fazer um registo numa língua de cão? Ladrando? Só mio. Sou latino.

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