Fiquei espantado com o artigo que li ontem no WSJ escrito pelo Tony Blair a propósito do seu novo livro.
Aquilo que tem vindo a ser destacado do livro diz respeito à sua posição quanto ao Iraque. Neste artigo ele vai mais longe e refere que a Europa e o mundo devem ser mais longe advogando uma posição de força com o Irão e tratando sem grandes cerimónias a questão religiosa.
"The extremism we fear is a strain within Islam. It is wholly contrary to the proper teaching of Islam, but it can't be denied that its practitioners act with reference to their religion. I feel we too often shy away from this assertion, as if it stigmatizes all Muslims. But if it is true—and it is—it has to be faced, not just because it is true, but because otherwise we don't analyze the problem or attain the solution properly. If it is a strain within Islam, the answer lies, in part at the very least, also within Islam. The eradication of that strain can be affected by what we outside Islam do; but it can only be actually eliminated by those within Islam."
Mas o que não tem sido destacado e que me surpreendeu (talvez culpa minha pela falta de informação) foi a posição dele relativamente á crise e á forma como o mundo está a procurar tratar dela. Vejam este excerto:
"To summarize: I profoundly disagree with the statist, so-called Keynesian response to the economic crisis; I believe we should be projecting strength and determination abroad, not weakness or uncertainty; I think now is the moment for more government reform, not less; and I am convinced we have a huge opportunity for engagement with the new emerging and emerged powers in the world, particularly China, if we approach that task with confidence, not fear."
E este foi lider do Labour que é, habitualmente, quem advoga e pratica "mais estado" na economia.
A posição dominante relativamente a esta crise é que o Estado é que nos salvou de consequências mais graves. Aquilo que vemos agora é que é o Estado que tem de ser salvo. No nosso país o Estado vai ser salvo pelos nossos impostos enquanto eles existirem. Noutros países o Estado será salvo pela iniciativa, inovação, criatividade, trabalho de uma economia livre e cheia de iniciativa.
É esta "lufada de ar fresco" vinda de quem eu não esperava que tanto me agradou.
Nem o Gato das Botas seria capaz de dar uma passada tão grande como esta ...
ResponderEliminarEspanta-me que depois de sabermos o oportunismo e irresponsabilidade com que Tony Blair opina, ainda haja quem o vá buscar como referencia.
"Esta lufada de ar fresco" já soprava quando opinava sobre a urgencia em invadir o Iraque ...
Há muito que separo a mensagem do mensageiro...
ResponderEliminar