segunda-feira, agosto 02, 2010

E O QUE DIZ O MANUEL ALEGRE SOBRE ISTO?

O Ministério da Educação é, para certas coisas, de uma eficiência notável. Os ministros vão-se sucedendo ao longo dos anos e, independentemente da formação, personalidade e ideologia de cada um, mais tarde ou mais cedo vão sendo formatados provavelmente por alguém que existe no ministério para essa função. É por isso que não fiquei surpreendido com a recente posição da Ministra sobre os “chumbos”.
Estas teorias esotéricas já não podem ser atribuídas a ideologias, ilusões, ingenuidades ou voluntarismos. Isto é perfídia, pura e simples, pois de outra forma não se compreende. Esta gente deu cabo do ensino oficial e nós fomos deixando mas imaginava eu que agora já todos tinham aberto os olhos. Acabar formalmente com os “chumbos” (uma vez que na prática eles quase não existem) ou com as retenções ou lá como a coisa se chama em eduquês significa, quer se queira que não, mais um avanço decisivo na política da diminuição da exigência, da desincentivação do mérito, da promoção do facilitismo, destruindo-se a capacidade de estudo e de aprendizagem dos estudantes. Só não percebe isto (para além dos iluminados do Ministério da Educação) quem nunca foi estudante, não teve filhos ou nunca contactou com o sistema educativo. Assim não vamos a lado nenhum e quem sobretudo não vai a lado nenhum são precisamente aqueles a quem mais útil seria a competitividade, o mérito e o esforço.

2 comentários:

  1. E quem quiser um ensino de qualidade para os seus filhos vai ter de o pagar. Não será isso que eles pretendem??!!
    Transmontana

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  2. Desta maneira, é mais fácil aumentar os anos de escolaridade obrigatória e reduzir o abandono escolar... Tudo para inglês ver e poder dizer lá fora que somos um caso de sucesso...
    A este Governo, apenas as aparências interessam e os números e estatísticas. O conteúdo é para esquecer. Basta ver o brilhante programa das Novas Oportunidades. Uma fraude igual a esta do fim dos chumbos.
    Não importa se as crianças aprendem, se sabem ou se adquirem competências. Importa é dar-lhes um papel, seja ele qual for.
    E, uma vez mais, quem paga é o mexilhão!
    Belo socialismo!
    mfv

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