sábado, julho 17, 2010

Rescaldo do debate

Após as intervenções dos artistas convidados, acrescidas dos cá da casa Douro e JAC, entrou-se num período de perguntas-respostas. Destaca 3 delas: um empresário, um politico e um lutador da linha do tua. O primeiro apoiava a barragem pois está convencido da sua bondade e das enormes promessas que lhe estão associadas. E que os que vinham de fora são turistas....O politico queria perceber que vantagens haveria para a região se não houvesse a barragem. Contrapartidas.....e o sonhador que procura recuperar a linha e por isso não quer barragem, mais a mais que as promessas que existem parecem música para embalar meninos. (Fica a promessa de aqui trazer uns panfletos que estão a ser distribuídos pelos municipios banhados pelo TUA. O seu autor é a EDP. Mas parecem do Inimigo Público).

Pena foi que a EDP não se tivesse feito representar. Era importante o contraditório pois só assim conseguiriamos ter uma visão mais abrangente.

Claro que do bonito museu do Douro não saiu nenhuma conclusão, mas quem ali esteve saiu mais rico.

Se arriscar conclusões, pessoais, diria que:
- as barragens em questão não fazem sentido nenhum
- que deveriamos discutir seriamente a questão do nuclear
- que andamos a colocar umas ventoinhas a custos disparatados (económicos e paisagisticos)
- que não existe uma verdadeira politica energética e que a verdadeira aposta passa pela poupança de energia
- que as barragens existentes devem ser mais exploradas e nalguns casos implementados os sistemas de sucção de água

Para além destas arriscadas conclusões, eu continuava a arriscar e diria que este tema não sai tão cedo da agenda do nortadas. Por isso aqueles que se sentem incomodados por se discutir as barragens no Tua e no Sabor, tremei de medo BUU.

Por fim cabe-nos agradecer a todos os que se deslocaram à Régua quer para dissertar quer para ouvir. Fica a promessa de voltarmos.

4 comentários:

  1. Foi pena não se ter chegado a nenhuma conclusão, mas já foi óptimo ter havido debate sobre este assunto.
    Devo dizer que tenho tido muito contacto com este problema energético devido ao meu trabalho, onde trabalhamos mais na poupança energética dos edifícios. Ainda para mais, como estou na Holanda, vejo como o nosso clima português é o ideal para ter edifícios eficientes ou "energia-zero". Não é necessário ir a extremos com os materiais de construção para obter conforto adequado dentro deles, e qualquer investimento inicial na construção tem um tempo razoável de retorno do investimento (5 anos ou menos, em vários casos).
    Fui há tempos a uma conferencia na casa da música sobre inovação e sustentabilidade, promovida pela ordem dos arquitectos, e fiquei pasmo ao ver que não tinha nada nem de uma coisa nem de outra...
    A eficiência energética é tão (ou mais) importante discutir, visto que é muito mais exequível, e não aumenta (muito) os custos para o estado - basta passar legislação ou incentivar, que o mercado trata de evoluir nesse sentido!
    Vamos educar a malta!

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  2. Parabéns ao Nortadas pela iniciativa!

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  3. Santos, o António12:02 da manhã

    É lamentável que um assunto tão sério seja abordado neste blog - que promoveu o debate ocorrido no Museu do Douro - de uma forma jocosa e leviana. É de uma total irresponsabilidade perante os valores que estão em causa.

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  4. Santos, o António não deve ter estado no Museu do Douro. Só pode.

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