segunda-feira, maio 31, 2010

Arte portuguesa em Roma


Makro (ala nova)

Tive a sorte de conseguir tirar uns dias de férias e de ir este fim de semana a Roma a convite do conselheiro cultural da embaixada portuguesa, Paulo Cunha e Silva, visitar a Feira Internacional de Arte Contemporanea e conhecer as mostras de Albuquerque Mendes e João Louro. Num fim de semana em que Roma fervilhava de actividade cultural e artistica, Albuquerquer Mendes recriou, na Igreja de Santo António dos Portugueses, os sete dias da Criação do Mundo em pequenas telas redondas expostas dentro de sete caixas de madeira em que o visitante tinha que entrar para ver com a ajuda de uma lanterna. A última das caixas (a sétima) colocada no meio das outras seis, era atravessada apenas por um feixe de luz, representando o Sétimo dia da Criação, apelando à reflexão e ao silêncio. João Louro, por sua vez, expôs numa sala própria na ala antiga do Makro, cuja nova ala também inaugurou este fim de semana, um conjunto de espelhos legendados ("My Dark Places") a partir das obras do Marquês de Sade e de James Elroy, e quatro telas monocromáticas que ocupavam o fundo da sala ("Clockwise from above"). Ali perto, nos jardins da embaixada portuguesa, uma instalação do mesmo artista usando sinais de trânsito para estabelecer a ligação entre a exposição do Makro e a poesia de Mário Sá Carneiro, chamava a atenção de quem passava na rua. Tudo isto (e muitas outras actividades) resulta do esforço que o nosso embaixador em Roma, Fernando Neves, tem vindo a desenvolver no sentido de chamar a atenção para a nossa arte, a nossa língua e a nossa cultura em Itália. Pelo que pude ajuizar este fim de semana, o seu trabalho está a ser bem sucedido.

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