quarta-feira, março 17, 2010

Vá para casa

Não basta pedir desculpa: tem de ir embora!

7 comentários:

  1. Só para assinalar que discordo.

    Acho grave que a Igreja tenha encoberto, se isso se demonstrar. Posso até admitir que, se tal se prove, venham a rolar cabeças.

    Mas discordo que se concluar automaticamente pelas penas mais graves, quando se fala da Igreja, esquecendo sistematicamente tudo o que faz de bem e bom por esse mundo fora. Nem só de fraquezas é feito o homem. E a Igreja, digo eu.

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  2. Pois eu acho, Ventanias, que esse balanço é para o julgador final, mas que a Igreja Católica deve convidá-lo imediatamente a resignar.

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  3. Eu estou com o douro. Aliás, está confessado e não há nada que falte demonstrar.
    Tem de ser indicado outro cardeal.
    Um abraço do
    JAC

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  4. certo!quero ver que pedras atiras ou atirarás no caso casa pia.

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  5. Como ensinei às minha filhas as desculpas não se pedem, evitam-se. Mas agora que já não pode corrigir o mal que fez, o melhor mesmo é a demissão. A dignidade dos cargos é feita destas pequenas coisas e também na igreja o exemplo tem de cima.

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  6. Ventanias escreve :"Nem só de fraquezas é feito o homem. E a Igreja, digo eu".
    Falar neste caso de "fraquezas" é simplesmente obceno.
    Talvez não falasse assim se os casos se tivessem passado com os seus filhos, se os tem.
    Este tipo de relativização das culpas é a meu ver um belo indicador do estado de miséria mental dessa mesma Igreja .

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  7. Não devemos fazer julgamentos precipitados!

    «A Conferência Episcopal da Irlanda considera que o cardeal Séan Brady, primaz da Igreja nesse país, não tem responsabilidade alguma num suposto acobertamento de um caso de pedofilia de um padre nos anos 70.
    É o que afirma comunicado emitido nessa quarta-feira pelo Departamento de Informação dessa Conferência, que responde com detalhes (nomes e datas) aos que nos últimos dias pediram a renúncia do cardeal Brady, arcebispo de Armagh, acusando-o de acobertar ou mesmo obrigar o silêncio das vítimas.
    A reconstrução dos acontecimentos, também recolhida por “L’Osservatore Romano” e Rádio Vaticano, começa no mês de março de 1975, quando Dom Francis McKiernan, bispo de Kilmore, pediu ao então padre Seán Brady que fizesse uma investigação canônica sobre uma denúncia de abusos sexuais contra menores atribuídos a um sacerdote, Brendan Smiyth, religioso norbertino.
    Nesse momento, o padre Brady era professor em tempo integral no Saint Patrick College de Cavan e, dado que era Doutor em Direito Canônico, foi convidado a conduzir a investigação.
    Contudo, o padre Brady “não teve responsabilidade de decisão pelo que se referia ao resultado da investigação, pois quem tinha a responsabilidade era o bispo MacKiernan”, explica o comunicado.
    A nota segue lembrando que “no dia 29 de março de 1975, o padre Brady e outros dois sacerdotes entrevistaram um adolescente de 14 anos en Dundalk, e o papel do padre Brady consistiu em questionar”.
    Em 4 de abril de 1985, o padre Brady entrevistou outro rapaz de 15 anos, na casa paroquial de Ballyjamesduff e, desta vez, “ele mesmo levou adianta a investigação, tomando as informações”.
    Ao final de ambas entrevistas, “os dois garotos foram convidados a confirmar com um juramento a vericidade de suas declarações e a preservar o caráter reservado das entrevistas”.
    A intenção desse juramento, explica a nota, “era evitar toda possível interferência na coleta de provas durante a investigação, para garantir que o processo fosse suficientemente sólido para resistir a qualquer resposta do padre Smyth”.
    Uma semana depois, o padre Brady “passou os resultados ao bispo McKiernan, para que imediatamente tomasse as medidas necessárias”.
    No dia 12 de abril de 1975, o bispo McKiernan reportou os resultados do inquérito ao superior religioso do padre Smyth, o abade de Kinacrott.
    “A responsabilidade específica para a vigilância das atividades do padre Smith – conclui o documento – foi, em todo momento, de seus superiores religiosos”.
    Por sua vez, o bispo McKiernan retirou as faculdades sacerdotais do padre Smyth, aconselhando-o inclusive a que fosse submetido a tratamento psiquiátrico.
    Brendan Smyth, preso e condenado a 12 anos, faleceu na prisão em meados dos anos 90.»

    Joaquim Mexia Alves

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