Com diz o nosso amigo ventanias aqui em baixo, a actual fotografia do Nortadas foi muito bem escolhida.
Aquele mureto faz parte da minha vida, faz parte da vida de uma boa parte dos escribas deste blogue.
Olhar para esta fotografia transporta-me para momentos únicos da minha infância e adolescência.
Foi naquele mureto que passei horas completamente improdutivas, quando devia estar a estudar. E foi lá também que dei a mão à minha primeira namorada. Ainda me lembro como se fosse hoje a emoção do desconhecido. Porque naquele tempo dar a mão era o primeiro passo para uma “relação”, como agora se diz.
Em frente à Doce Mar ou à La Copa fiz amigos para a vida, planos de viagens, de aventuras, todo um mundo existia à minha frente quando me sentava naquele mureto.
Foi naquele pedaço de cimento ornamentado que vi os barcos encalhados, os náufragos a saírem nas cadeirinhas penduradas por cabos atirados pelos bombeiros.
Não sei o que o mureto representa para as gerações mais novas, o que sei é que eles já não têm tempo para se sentar nele.
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