domingo, fevereiro 21, 2010

Notìcias do meu paìs

Òleo de Manuel Amado "Janela com cortinas" - 1987


O "engenheiro" morreu politicamente.
Os membros do Politburo deste Andropov de pacotilha rodeiam o cadàver, a esconder o féretro mas tolhidos de medo. Hesitam em deposità-lo na cova com receio de nela caìrem também, mas não se dão conta de que a putrefacção polìtica que assim alimentam os infecta e os condena. A prova é que alguns jà deliram.
Na outra banda, hà uns tipos que olham aquele ajuntamento sem perceberem bem o que se passa. Alguns desconfiam que hà um morto a enterrar mas, na sua cobardia poltrona, afivelam um ar de senador e esperam que o coveiro faça o trabalho por eles e lhes poupe o incòmodo da tarefa.
Outros não entendem mesmo nada e ainda acreditam que aqueles restos não são um mero boneco de cera e que, portanto, pode mordê-los.
O coveiro està de férias ou està de baixa, não se sabe ao certo, e desligou o telefone porque pensa que assim consegue iludir a realidade, que para ele é uma maçada e uma inconveniência.
E estamos nisto: o ar cada vez mais irrespiràvel e a àgua cada vez mais contaminada.
À espera não se sabe bem de quê, talvez de uma vala comum que os engula a todos e nos liberte a nòs. Que pôrra de regime!

1 comentário:

  1. Como disse Sócrates, ""O país precisa da voz do PS para lutar pela decência na vida pública e pela elevação do Estado de direito". Mas parece que no PS estão sem voz...

    Um abraço do

    JAC

    ResponderEliminar