segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Dois ou Três comentários aos tempos de correm

Comentário 1: Tem-me impressionado a forma como os políticos em geral (e os do PS ultimamente em particular) se agarram aos seus lugares como se não houvesse amanhã (talvez para eles não haja). Mesmo perante factos incontornáveis há uma justificação e nunca há uma demissão. Faz-me lembrar aquele "D.Juan" que é apanhado pela mulher em flagrante, se vira para ela e lhe diz com toda a convicção: "Tu acreditas no que estás a ver ou acreditas em mim?".
Comentário 2: Também me impressiona que Portugal esteja numa situação financeira crítica e que a reacção geral seja de preocupação sem que nada se faça para resolver a questão. É olhar para o Orçamento do Estado que continua a prever um crescimento de despesa (com a "bênção" do CDS e PSD), é olhar para a crítica às agências de rating como se elas tivessem tomado as nossas más decisões, é olhar para a reacção de todas as pessoas a quem cabe um sacrifício e preferem protestar. Achamos que assobiando para o lado as coisas resolvem-se, só que isto já não vai lá com música.
Comentário 3: Para lembrar que por muito menos o Sampaio demitiu o Santana...
Façam o favor de continuar a ter um bom Carnaval!

1 comentário:

  1. No tocante à segunda questão partilho de igual preocupaçao. Parece que o combate ao défice ficou adiado, talvez pensando-se na possibilidade de eleições antecipadas e haver dinheiro para gastar...

    As agências de rating podem ser manipuláveis, mas procuram alertar os governos para riscos evidentes. Se tivéssemos este ano algumas catástrofes meteorológicas, alguns golpes na banca ou esquemas de fuga ao IVA (de grande magnitude) lá iria tudo por água abaixo...

    Mais importante que o orçamento é o controlo e a supervisão da coisa pública. Quando a corrupção grassa, o descontrolo é moeda corrente, o tráfico de influências galopa, não vale a pena tapar o «sol» com peneiras-providências cautelares, o plano inclinado rumo ao abismo está sempre no horizonte...

    O famigerado «sistema» é esta orgia corruptocrática que tudo devora: economia, finanças, justiça, comunicação social...

    Há que inverter o rumo. Doa a quem doer.

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