sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Conversas privadas e inocentes

- Está lá, Zé?
- Sim, quem fala?
- Ó Chefe, sabes muito bem quem é. Não vou dizer o meu nome!
- É pá, não me trates por Chefe, porque ninguém me trata por Chefe, como sabes! O que é que queres?
- Olha pá, sabes aquela coisa, (não vou dizer o nome), que os americanos chamam “stupid box” e já foi da Igreja?
- Não faço ideia ao que te estás a referir, mas diz lá.
- Sabes essa coisa da qual não fazes ideia e onde trabalha uma gaja que se diz jornalista e está sempre a dizer mal de ti?
- Já te disse que não sei ao que te referes, nem sei de que gaja falas e porque é que estás contar-me isso, mas diz lá.
- Bem o que se passa é que nós decidimos comprar aquela coisa da qual tu não fazes ideia, e pôr no olho da rua aquela gaja jornalista que diz mal de ti, e que tu nem sabes quem é, nem conheces.
- Ó pá, para já não sei quem é o “nós” de que falas, e que quer comprar aquela coisa da qual eu não faço ideia e pôr no olho da rua aquela gaja jornalista que diz mal de mim, mas eu não sei quem é nem sequer conheço, mas diz lá.
- Ó Chefe, prontos, é simples! É só para saber se concordas com a coisa?
- Olha pá, repito-te que não sei quem é o “nós” de que falas, e que quer comprar aquela coisa da qual eu não faço ideia e pôr no olho da rua aquela gaja jornalista que diz mal de mim, mas eu não sei quem é nem sequer conheço, mas, ok, concordo, embora não saiba do que estás a falar!
- Ah, e outra coisa, também não sei quem és e porque é que me estás falar e eu não tomei conhecimento de nada, para além de te repetir que não me trates por Chefe, porque a mim ninguém me trata por Chefe, ok?
- Tudo bem, Chefe, compreendi-te!

Joaquim Mexia Alves

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