O Club Portuense é uma instituição (é um club, não um clube nem um ateneu).
Tem instalações agradáveis, um restaurante correcto e ressurgiram actividades interessantes que o animam e animam os seus sócios.
Mas o Club Portuense mantém alguns tiques que lhe advêm provavelmente da sua antiguidade e do seu carácter elitista. De qualquer forma, trata-se de um clube privado e cada um é livre de fazer o que muito bem entender.
Neste fim-de-semana que se aproxima realiza-se ali o baile de apresentação das jovens meninas filhas de sócios (o "début"). É todo um cerimonial com as suas tradições e um protocolo próprio. Fato comprido para as senhoras e casaca para os cavalheiros. E muita valsa. Pais e filhas já lá andam a ensaiar os passos.
Há poucos anos, a Direcção do Club decidiu que os cavalheiros teriam de se apresentar de casaca, quando em edições anteriores se exigia "smoking". Um alfaiate estabelecido na Rua Cândido dos Reis, mesmo em frente à entrada do Club, anunciou de imediato casacas a rigor a preço abordável e deve ter feito o negócio da vida. Confesso que tenho dificuldade em perceber este surto tardio de formalismo cerimonioso. Mas o problema deve ser meu, que sou um resistente ao jaquetão, ao fraque e ao redingote e sempre achei estas vestimentas datadas e presunçosas.
Curioso é que apesar das casacas e das vénias, muitas jovens levam nuns saquinhos de plástico do Pingo Doce umas sapatilhas confortáveis para calçarem depois da meia-noite e que são muito mais adequadas aos ritmos da madrugada. Imagino que os de tacão regressem no dito saquinho ou se percam na escadaria de saída para que um príncipe os devolva no dia seguinte à Gata Borralheira da véspera.
Quanto aos rapazes, não sei a que horas penduram a casaca.
Tem instalações agradáveis, um restaurante correcto e ressurgiram actividades interessantes que o animam e animam os seus sócios.
Mas o Club Portuense mantém alguns tiques que lhe advêm provavelmente da sua antiguidade e do seu carácter elitista. De qualquer forma, trata-se de um clube privado e cada um é livre de fazer o que muito bem entender.
Neste fim-de-semana que se aproxima realiza-se ali o baile de apresentação das jovens meninas filhas de sócios (o "début"). É todo um cerimonial com as suas tradições e um protocolo próprio. Fato comprido para as senhoras e casaca para os cavalheiros. E muita valsa. Pais e filhas já lá andam a ensaiar os passos.
Há poucos anos, a Direcção do Club decidiu que os cavalheiros teriam de se apresentar de casaca, quando em edições anteriores se exigia "smoking". Um alfaiate estabelecido na Rua Cândido dos Reis, mesmo em frente à entrada do Club, anunciou de imediato casacas a rigor a preço abordável e deve ter feito o negócio da vida. Confesso que tenho dificuldade em perceber este surto tardio de formalismo cerimonioso. Mas o problema deve ser meu, que sou um resistente ao jaquetão, ao fraque e ao redingote e sempre achei estas vestimentas datadas e presunçosas.
Curioso é que apesar das casacas e das vénias, muitas jovens levam nuns saquinhos de plástico do Pingo Doce umas sapatilhas confortáveis para calçarem depois da meia-noite e que são muito mais adequadas aos ritmos da madrugada. Imagino que os de tacão regressem no dito saquinho ou se percam na escadaria de saída para que um príncipe os devolva no dia seguinte à Gata Borralheira da véspera.
Quanto aos rapazes, não sei a que horas penduram a casaca.
Vim de lá agora. Almocei uns belos carapauzinhos fritos com arroz de pimento!
ResponderEliminarFazes falta nestes almoços...
Um abraço
J
Está para breve
ResponderEliminarAdoro lá ir mas sempre achei os bailes ridículos preferia o Twins ou a Urraca aka Pop.
ResponderEliminarSou dos que luta e há-de lutar contra a força opressora da casaca no baile do Club... Com essa muito "sofisticada" medida introduzida no dressing code só conseguiram expulsar de lá toda uma geração de pessoas, nomeadamente os acima de 30 anos que como não são maestros de orquestra não vão comprar uma casaca para nada... Mas como há interessados em transformar aquilo num feudo dentro dum feudo, o bloqueio continua!
ResponderEliminarToda uma geração? O seu português não prima pelo bom gosto.
EliminarPois eu acho que o Club cumpriu, e muito bem, a sua função de segunda casa para os m/pais, avós e por aí fora. A minha geração (n. 1975) já não encontrou um Club tão vivido como as gerações anteriores. Agora, já o Club não o é no verdadeiro sentido da palavra, temo aliás que mais não seja que não um mero restaurante privado. Não tem ninguém de tarde, poucas pessoas lá estão a seguir ao jantar. Que futuro?
ResponderEliminarInfelizmente, quase nenhum... E com medidas destas das casacas e afins, só arranjam maneira de ir aos poucos tirando a nossa geração (n. 1977)... Eu ainda resisto e vou pelo menos 1 vez por mês lá jantar com amigos sócios mas é mto pouco. Já para não falar na programação trimestral que por vezes roça o ridículo.
ResponderEliminarCaro Freddy
ResponderEliminarQuando eu regressar ao Porto, tenciono frequentá-lo com regularidade e conto com os sócios da tua geração para lhe darmos novas energias.
pode contar à vontade, sem sombra de dúvida alguma... Aliás ando meio com ganas de ir a uma AG abanar algumas coisas... Detesto a inércia, o parar no tempo e acima de tudo o elitismo bacoco!
ResponderEliminarE a programação!!!!!!!!! Credo!!!
Pois eu já saí de sócio... Decisão que muito me custou, mas considerando que não punha lá os pés e que não tenho paciência para bailes do Séc. XIX...
ResponderEliminarAhahahahah!!! Séc XIX mas onde já se fuma ganza...
ResponderEliminarEu só não saio pq a minha Avó me pediu para não o fazer!
Devia ser criada uma Comissão sub-30 ou sub-35. Vejam aqui (www.lansdowneclub.com/home/u35) e aqui (www.inter-club.co.uk). Fiquei a pensar nisso de ir à próxima Assembleia... ;) F. Bravo
ResponderEliminarE outra Comissão sub-60, sapato 41, altura mìnima 1,78m e sub-80Kg. Pode haver compensações inter-critérios, do género um Kilo a mais/um ano a menos, centimetro a menos/sapato 42.
ResponderEliminarApesar de ser um assunto de homens (aliás, essa medida da casaca só pode ter vindo da cabeça de algum homem...) permitam um comentário feminino.
ResponderEliminarÉ parolo e provinciano, que eu bem vejo nas revistas do cabeleireiro que nem nos bailes do Mónaco se usa já esse traje.
"L" coloca, talvez sem disso se aperceber (mas se calhar até me engano ), uma questão pertinente: porque razão não hà senhoras nos corpos directivos do Club?
ResponderEliminarAntes disso acontecer, ainda o Belmiro tinha que entrar... :)
ResponderEliminarEstimados, o futuro do Club depende da participação dos que agora têm 30's. 20's e mais de 40's estão a frequentar cada vez mais. O ultimo baile tinha 700 pessoas. A programação que tem sido feita nao poderia contemplar mais a inserção dos mais novos: Jantares oferecidos, provas de vinhos para asinantes anuais, etc. Não ha nada como irem a uma Assembleia e apresentarem o modelo de uma comissão sub-30. Totalmente de acordo.
ResponderEliminarQuanto á casaca, isso só custa na primeira vez. Tem muito mais classe do que o "banalizado" smoking que virou traje de bares abertos.